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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Há mais de mil candidatos ao curso
que dá entrada nos quadros
da Função Pública
Número de candidaturas aumentou 30% este ano.
Destes 1.023 candidatos apenas 100 serão seleccionados para as vagas
disponíveis no Estado.
Mais de mil pessoas inscreveram-se no
curso que dá acesso a um lugar na Função Pública, num aumento de 30%
face ao que foi registado no ano passado. Estão por isso dispostas a
pagar os cerca de 5 mil euros de propinas cobradas pela frequência do
curso. Mas para isso terão de ser seleccionadas.
As candidaturas ao Curso de Estudos Avançados em Gestão (CEAGP)
terminaram na quinta-feira passada e, de acordo com os dados solicitados
pelo Negócios à Direcção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em
Funções Públicas (o INA) houve 1.023 candidatos inscritos.
Trata-se de um aumento de 30% face ao ano passado, altura em que
houve 782 candidatos. O aumento do número de vagas (para 100), o
"prestígio e o reconhecimento" do curso, a equivalência a parte do grau
de Mestrado em várias universidades, o maior prazo de candidatura, ou o
aumento da "comunidade de interessados nas redes sociais" são alguns dos
motivos que, segundo o INA, justificam a evolução.
O aumento também poderá estar relacionado com "o contexto económico,
caracterizado por níveis acentuados de desemprego", explica fonte
oficial da Direcção-Geral.
Estes candidatos terão agora que fazer uma prova escrita, marcada
para o início de Outubro, sobre temas como a organização do Estado e da
Administração Pública, o regime legal de gestão de recursos humanos,
contabilidade pública, estatística, língua inglesa ou União Europeia.
Os candidatos que tiverem 12 valores ou mais passarão então à segunda fase de selecção, que é a entrevista.
Este ano foram abertas 100 vagas que garantem acesso à carreira geral
de técnico superior e a maioria dos postos de trabalho disponíveis (90)
estão em diversas Direcções-Gerais e Institutos sedeados em Lisboa.
Na maioria dos casos, as entidades só disponibilizam uma vaga.Fogem à
regra o Instituto da Habilitação e Reabilitação Urbana, a
Direcção-Regional de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, a
Agência Portuguesa do Ambiente ou a Direcção-Geral de Energia e
Geologia, cada um deles com mais de quatro postos de trabalho.
Todos os candidatos têm de ter licenciatura ou um curso superior. Os
dados solicitados pelo Negócios revelam que a maioria são licenciados
(557), seguindo-se os candidatos com mestrado (236) pós-graduação (208) e
doutoramento (19).
Dos mais de mil candidatos, 164 já têm vínculo à Função Pública. Em
causa estarão pessoas que desta forma garantem acesso à carreira de
técnico superior.
* Um concurso ou uma caça?
.
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