29/07/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Há mais de mil candidatos ao curso
 que dá entrada nos quadros 
da Função Pública

Número de candidaturas aumentou 30% este ano. Destes 1.023 candidatos apenas 100 serão seleccionados para as vagas disponíveis no Estado.

Mais de mil pessoas inscreveram-se no curso que dá acesso a um lugar na Função Pública, num aumento de 30% face ao que foi registado no ano passado. Estão por isso dispostas a pagar os cerca de 5 mil euros de propinas cobradas pela frequência do curso. Mas para isso terão de ser seleccionadas.

As candidaturas ao Curso de Estudos Avançados em Gestão (CEAGP) terminaram na quinta-feira passada e, de acordo com os dados solicitados pelo Negócios à Direcção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (o INA) houve 1.023 candidatos inscritos.

Trata-se de um aumento de 30% face ao ano passado, altura em que houve 782 candidatos. O aumento do número de vagas (para 100), o "prestígio e o reconhecimento" do curso, a equivalência a parte do grau de Mestrado em várias universidades, o maior prazo de candidatura, ou o aumento da "comunidade de interessados nas redes sociais" são alguns dos motivos que, segundo o INA, justificam a evolução.

O aumento também poderá estar relacionado com "o contexto económico, caracterizado por níveis acentuados de desemprego", explica fonte oficial da Direcção-Geral.

Estes candidatos terão agora que fazer uma prova escrita, marcada para o início de Outubro, sobre temas como a organização do Estado e da Administração Pública, o regime legal de gestão de recursos humanos, contabilidade pública, estatística, língua inglesa ou União Europeia.

Os candidatos que tiverem 12 valores ou mais passarão então à segunda fase de selecção, que é a entrevista.

Este ano foram abertas 100 vagas que garantem acesso à carreira geral de técnico superior e a maioria dos postos de trabalho disponíveis (90) estão em diversas Direcções-Gerais e Institutos sedeados em Lisboa.

Na maioria dos casos, as entidades só disponibilizam uma vaga.Fogem à regra o Instituto da Habilitação e Reabilitação Urbana, a Direcção-Regional de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, a Agência Portuguesa do Ambiente ou a Direcção-Geral de Energia e Geologia, cada um deles com mais de quatro postos de trabalho.

Todos os candidatos têm de ter licenciatura ou um curso superior. Os dados solicitados pelo Negócios revelam que a maioria são licenciados (557), seguindo-se os candidatos com mestrado (236) pós-graduação (208) e doutoramento (19).

Dos mais de mil candidatos, 164 já têm vínculo à Função Pública. Em causa estarão pessoas que desta forma garantem acesso à carreira de técnico superior. 

* Um concurso ou uma caça?


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