16/06/2014

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 HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Godinho vai quebrar o silêncio

Manuel Godinho vai quebrar o silêncio, em tribunal, pela primeira vez, no âmbito do processo Face Oculta, confirmou o DN.

Manuel Godinho vai quebrar o silêncio, em tribunal, não para falar das acusações de associação criminosa e corrupção, entre outros crimes, que lhe são imputadas, mas sim das medidas de coação a que está sujeito, a mais limitadora das quais proibe a saída da área de residência (Esmoriz, Ovar), salvo por motivos de saúde.


A produção de prova do julgamento terminou no inicio de abril passado. A leitura do acordão está prevista para 5 de setembro. 

Segundo o DN apurou, a defesa do empresário do ramo da sucata requereu a extinção das medidas de coação, "porque ultrapassaram os prazos".

No entanto, o Ministério Público (MP) pediu para ouvir Manuel Godinho por entender que devem ser substituídas por outras.

A decisão final está nas mãos da juíza titular do processo em Ovar, Raquel Ferreira Neves.

Em Abril do ano passado, o tribunal agravou as medidas de coação de Manuel Godinho, exigindo o pagamento de uma caução no valor de 100 mil euros depois do sucateiro ter sido apanhado a almoçar com um arguido, e seu funcionário, violando a proibição em vigor.


O empresário, o único arguido que esteve em prisão preventiva (nove meses), ficou ainda sujeito a apresentações diárias às autoridades policiais, em vez de apresentações bissemanais. E encontra-se proibido de sair da área de residência, o que impede, nomeadamente, a deslocação à sede do grupo de empresas, na localidade vizinha de Arada.

O MP pediu a condenação do principal arguido do processo Face Oculta a 16 de anos de cadeia. A defesa entende que deve ser absolvido em toda a linha.

O processo está relacionado com uma alegada rede de corrupção, que teria como objectivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro , nos negócios com empresas do sector empresarial do Estado e privadas.

Entre os arguidos estão personalidades como Armando Vara, antigo ministro e ex-administrador do BCP, José Penedos, ex-presidente da REN, e o seu filho Paulo Penedos.

* Afinal não vai falar da trafulhice, dos comparsas, vai pedir para atenuarem as medidas de coacção, a lei permite, às vezes até parece que lei facilita a vida aos criminosos.


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