HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Observatório acusa Governo
de ignorar efeitos da crise na Saúde
No Relatório da Primavera deste ano, os peritos do
Observatório Português dos Sistemas de Saúde dizem que existe um
conjunto de dados que evidenciam efeitos negativos da crise da Saúde das
pessoas. E acusam o Governo e União Europeia não quererem ver as
consequências. Relatório é apresentado esta tarde, na Gulbenkian.
"Saúde, síndroma de negação". O título do relatório da
Primavera deste ano do Observatório Português dos Sistemas de Saúde
(OPSS) deixa adivinhar parte das conclusões: a crise económica e
financeira e as medidas de ajustamento aplicadas ao sector da saúde
durante os três anos de ‘troika' estão a ter impacto no funcionamento do
Serviço Nacional de Saúde (SNS) e na vida dos portugueses, mas o
Governo e os responsáveis políticos não querem assumir tais
consequências.
"Prevalece o silêncio e/ou a tentativa de demonstração de
que não há impacto negativo da crise de forma significativa para a
saúde das pessoas", acusam os peritos do OPSS.
A esse silêncio, o Observatório contrapõe com um conjunto de dados
que ilustram as consequências da austeridade na saúde dos cidadãos, como
as falhas no abastecimento de medicamentos e consequente falta de
adesão à terapêutica, o aumento do consumo de psicofármacos ou a taxa de
incidência de depressão ou das doenças infecciosas.
Mas a culpa aqui não morre solteira. Tendo em conta que "muitas
discussões e decisões relativas à saúde são deliberadas ou influenciadas
pelos diversos órgãos da União Europeia", o Observatório não poupa a
crítica ao "silencio das autoridades europeias".
As evidências
produzidas por distintos organismos internacionais, alguns solicitados
pelas próprias instâncias europeias, "não são rebatidas mas parecem ser
intencionalmente ignoradas, votadas ao esquecimento, numa aparente forma
subtil de negação", atiram os peritos.
* A saúde é um bem enquanto negócio, fora desse contexto que se lixem os doentes, esta é a óptica do governo que tem como contraponto a diginidade dos profissionais de saúde. O sr. ministro está a ser uma desilusão, até quis amordaçar a voz de quem critica. Quem precisa da PIDE?
.
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