HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Portugal com défice de 6%
no primeiro trimestre
As administrações públicas começaram o
ano com um défice de 6% do PIB, mostram os dados divulgados hoje pelo
Instituto Nacional de Estatística (INE).
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O défice orçamental na óptica da contabilidade nacional -
a que interessa a Bruxelas - somou cerca de 2,4 mil milhões de euros
nos primeiros três meses do ano. Ou seja, o equivalente a 6% do PIB no
mesmo período.
É um valor ainda longe da meta de 4% do PIB acordada com a 'troika'
para o conjunto de 2014, mas que fica bastante abaixo dos 10% registados
no primeiro trimestre do ano passado.
O número é também maior do que era esperado pela UTAO - Unidade
Técnica de Apoio Orçamental -, que apontava para um défice em
contabilidade nacional de 5,6% no primeiro trimestre. A UTAO frisava que
esse valor, quatro décimas acima do publicado hoje, não iria colocar em
causa a meta para este ano.
Os dados foram publicados hoje pelo INE, nas contas nacionais
trimestrais por sector institucional relativas ao primeiro trimestre, em
que a economia cresceu 0,3% em termos nominais e que o Rendimento
Nacional Bruto também aumentou 0,2%. Apesar de o o rendimento da nação
ter aumentado, as remunerações recebidas pelas famílias recuaram
ligeiramente em termos homólogos: uma quebra na ordem dos 0,3% face ao
primeiro trimestre do ano passado.
Os números mostram também que, apesar de a poupança continuar a subir
na economia portuguesa, o excedente externo recuou ligeiramente, de
1,9% no final do ano passado para 1,7%, devido sobretudo ao aumento do
investimento.
À medida que a economia começa a estabilizar, nota-se o impacto no
comportamento dos agentes económicos. E se no caso das empresas isso
signifca um pouco mais de investimento, no caso das famílias nota-se um
aumento do consumo. Por isso, a poupança das famílias caiu ligeiramente,
até aos 11,9%, "devido sobretudo ao aumento da despesa de consumo
final", refere o INE.
Apesar de mais consumo e mais investimento, o sector privado continua
a reduzir o seu nível de endividamento. As necessidades de
financiamento de famílias e empresas reduziram-se 682,7 milhões de euros
entre o final do ano passado e os primeiros três meses de 2014,
situando-se agora em 4,7% do PIB.
* A clarividente ineficácia de quem nos governa, uns trastes, queríamos dizer tristes.
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