27/06/2014

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 HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Portugal com défice de 6% 
no primeiro trimestre

As administrações públicas começaram o ano com um défice de 6% do PIB, mostram os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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O défice orçamental na óptica da contabilidade nacional - a que interessa a Bruxelas - somou cerca de 2,4 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Ou seja, o equivalente a 6% do PIB no mesmo período.

É um valor ainda longe da meta de 4% do PIB acordada com a 'troika' para o conjunto de 2014, mas que fica bastante abaixo dos 10% registados no primeiro trimestre do ano passado.


O número é também maior do que era esperado pela UTAO - Unidade Técnica de Apoio Orçamental -, que apontava para um défice em contabilidade nacional de 5,6% no primeiro trimestre. A UTAO frisava que esse valor, quatro décimas acima do publicado hoje, não iria colocar em causa a meta para este ano.

Os dados foram publicados hoje pelo INE, nas contas nacionais trimestrais por sector institucional relativas ao primeiro trimestre, em que a economia cresceu 0,3% em termos nominais e que o Rendimento Nacional Bruto também aumentou 0,2%. Apesar de o o rendimento da nação ter aumentado, as remunerações recebidas pelas famílias recuaram ligeiramente em termos homólogos: uma quebra na ordem dos 0,3% face ao primeiro trimestre do ano passado.

Os números mostram também que, apesar de a poupança continuar a subir na economia portuguesa, o excedente externo recuou ligeiramente, de 1,9% no final do ano passado para 1,7%, devido sobretudo ao aumento do investimento.

À medida que a economia começa a estabilizar, nota-se o impacto no comportamento dos agentes económicos. E se no caso das empresas isso signifca um pouco mais de investimento, no caso das famílias nota-se um aumento do consumo. Por isso, a poupança das famílias caiu ligeiramente, até aos 11,9%, "devido sobretudo ao aumento da despesa de consumo final", refere o INE.

Apesar de mais consumo e mais investimento, o sector privado continua a reduzir o seu nível de endividamento. As necessidades de financiamento de famílias e empresas reduziram-se 682,7 milhões de euros entre o final do ano passado e os primeiros três meses de 2014, situando-se agora em 4,7% do PIB.

* A clarividente ineficácia de quem nos governa, uns trastes, queríamos dizer tristes.

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