HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Dia da Segurança Social marcado
por um sistema em crise
Hoje é o Dia da Segurança Social. A data é assinalada num cenário de dificuldades orçamentais
No dia dedicado à Segurança Social - 8 de Maio - o sistema português
debate-se com dificuldades de equilíbrio orçamental. Depois de uma
subida visível, a despesa com prestações sociais está agora a baixar
mas as contribuições também estabilizaram.
Contas feitas, o saldo da
Segurança Social continua em queda (-45% nos três primeiros meses do
ano, face ao período homólogo) e o resultado positivo de 74,2 milhões de
euros conta, ainda assim, com a ajuda de uma transferência
extraordinária do Orçamento do Estado.
Também para tentar
controlar as contas da Segurança Social, o Governo já avançou com
várias reformas. Poucas foram as prestações sociais que escaparam aos
cortes. Subsídio de desemprego e de doença, Rendimento Social de
Inserção, Complemento Solidário para Idosos, subsídio por morte,
reembolso das despesas de funeral, complemento por dependência - todos
sofreram alterações.
Em sentido inverso, foram criadas, por exemplo,
prestações de desemprego para grupos específicos de trabalhadores
independentes e majorados os apoios para casais desempregados com
filhos. Também as pensões - que representam a maior fatia da despesa -
têm sido um dos principais alvos de mudança.
As reformas superiores a
mil euros estão hoje sujeitas à Contribuição Extraordinária de
Solidariedade (CES) que, em 2015, será substituída por uma contribuição
de sustentabilidade, mais baixa. E também a fórmula de actualização das
pensões será alterada.
A idade de reforma também já subiu para 66 anos e
continuará a aumentar no futuro; ao mesmo tempo, o factor de
sustentabilidade (que corta as novas pensões) também foi agravado. As
futuras pensões do Estado também estão sujeitas a uma nova fórmula de
cálculo, mais penalizadora.
* Mas que (Des)egurança.
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