HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Número de organismos públicos
com falta de licenciados aumentou 78%
O curso do INA, que garante um emprego directo no
Estado, tem este ano cem vagas para técnicos superiores, contra as
habituais 80.
Ao mesmo tempo que se reduz pessoal e se promovem
rescisões amigáveis na Administração Pública, os organismos do Estado
revelam maior necessidade de recrutar trabalhadores qualificados.
Segundo dados solicitados pelo Diário Económico ao INA (Direcção-Geral
da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas), o número de
organismos públicos com necessidade de recrutar técnicos superiores
aumentou 78% face ao ano passado.
JÁ CHEGOU!!! |
O diagnóstico das necessidades de recrutamento de técnicos superiores
é feito todos os anos para determinar depois o número de vagas
disponíveis para o Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública (CEAGP).
Este curso, que vai na 15ª edição, garante um emprego no Estado, com
contrato por tempo indeterminado, aos melhores alunos com avaliação
superior a 12 valores e a troco de uma propina de 5.000 euros. Podem
pedir técnicos superiores diplomados pelo CEAGP os organismos da
administração directa e indirecta (excepto empresas públicas) desde que
tenham vaga no mapa de pessoal e orçamento para o salário, que é de
1.201,48 euros brutos.
A edição deste ano ainda não tem data marcada, mas o INA já revelou
que há 100 vagas, contra as habituais 80. “O aumento no número de vagas
advém do facto de o diagnóstico de necessidades realizado junto dos
organismos ter revelado um aumento de 78% do número de organismos da
administração com necessidades reportadas, por comparação à edição do
ano anterior”, avança fonte do INA. Porém, a mesma fonte não revela o
número de organismos.
Em 2013, segundo o aviso publicado no Diário da
República, o número de organismos foi de 44. A fonte do INA salienta
que “estas necessidades se reportam a necessidades específicas e no
âmbito de um recrutamento selectivo para funções altamente qualificadas
destinado a reforçar, de forma selectiva e controlada, os recursos
humanos de organismos públicos.”
Na terça-feira o Diário Económico noticiou que havia entidades
independentes do sector público com dificuldade em reter quadros
altamente qualificados devido às restrições orçamentais. O Governo
acordou em 2011 com a ‘troika’ uma redução anual de 2% do número de
funcionários públicos, que tem sido feita pela via da aposentação, da
não renovação de contratos a termo e, nos últimos anos, com programas
de rescisões amigáveis. O programa dirigido a técnicos superiores
terminou a 30 de Abril mas até agora não são conhecidos resultados.
* Tudo tem uma explicação, o governo despede funcionários qualificados para depois fazer ajustes directos com empresas dos amigalhaços, alguém tem dúvida.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário