23/05/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Número de organismos públicos
 com falta de licenciados aumentou 78%

O curso do INA, que garante um emprego directo no Estado, tem este ano cem vagas para técnicos superiores, contra as habituais 80.
Ao mesmo tempo que se reduz pessoal e se promovem rescisões amigáveis na Administração Pública, os organismos do Estado revelam maior necessidade de recrutar trabalhadores qualificados. Segundo dados solicitados pelo Diário Económico ao INA (Direcção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas), o número de organismos públicos com necessidade de recrutar técnicos superiores aumentou 78% face ao ano passado.
JÁ CHEGOU!!!

O diagnóstico das necessidades de recrutamento de técnicos superiores é feito todos os anos para determinar depois o número de vagas disponíveis para o Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública (CEAGP). Este curso, que vai na 15ª edição, garante um emprego no Estado, com contrato por tempo indeterminado, aos melhores alunos com avaliação superior a 12 valores e a troco de uma propina de 5.000 euros. Podem pedir técnicos superiores diplomados pelo CEAGP os organismos da administração directa e indirecta (excepto empresas públicas) desde que tenham vaga no mapa de pessoal e orçamento para o salário, que é de 1.201,48 euros brutos.

A edição deste ano ainda não tem data marcada, mas o INA já revelou que há 100 vagas, contra as habituais 80. “O aumento no número de vagas advém do facto de o diagnóstico de necessidades realizado junto dos organismos ter revelado um aumento de 78% do número de organismos da administração com necessidades reportadas, por comparação à edição do ano anterior”, avança fonte do INA. Porém, a mesma fonte não revela o número de organismos. 

Em 2013, segundo o aviso publicado no Diário da República, o número de organismos foi de 44. A fonte do INA salienta que “estas necessidades se reportam a necessidades específicas e no âmbito de um recrutamento selectivo para funções altamente qualificadas destinado a reforçar, de forma selectiva e controlada, os recursos humanos de organismos públicos.”

Na terça-feira o Diário Económico noticiou que havia entidades independentes do sector público com dificuldade em reter quadros altamente qualificados devido às restrições orçamentais. O Governo acordou em 2011 com a ‘troika’ uma redução anual de 2% do número de funcionários públicos, que tem sido feita pela via da aposentação, da não renovação de contratos a termo e, nos últimos anos, com programas de rescisões amigáveis. O programa dirigido a técnicos superiores terminou a 30 de Abril mas até agora não são conhecidos resultados.

* Tudo tem uma explicação, o governo despede funcionários qualificados para depois fazer ajustes directos com empresas dos amigalhaços, alguém tem dúvida.


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