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Na recente apresentação de projectos prioritários para transportes públicos do Governo, lá apareceram também os de passageiros.
Segundo as notícias, foi a troika, estranhamente mais humanizada do que o Governo de Passos, que impôs a parte dos passageiros. As mesmas notícias indicavam que a única preocupação do Governo português era o transporte de mercadorias, e a sua exportação.
Já antes do 25 de Abril, e antes toda a Direita (com grande influência da democrata-cristã) reconhecia um aspecto dado por seguro também pela esquerda: de que a eficácia económica tem de ser temperada pelos interesses das pessoas, que não são apenas números e instrumentos da economia, mas devem ser cidadãos e os destinatários das medidas económicas.
A tecnoditadura liberal quer apenas eficácia para fazer crescer o PIB do pais, e assim algumas escassas figuras chamadas empreendedoras nos países mais atrasados, e ter o resto da população apenas como instrumentos dessa politica. Daí os cortes, em vez do crescimento a favor de todos. E daí a baixa de salários, como se equivalesse a produtividade. O Presidente já disse que a produtividade não pode ser obtida por baixos salários, porque haverá sempre zonas do mundo escravizadas, que nos ganham nesse aspecto (coisa que o Governo não entende).
As tecnologias novas, essas sim, deveriam ser instrumentos ao serviço das populações, para lhes aumentarem os rendimentos, e diminuírem as horas de trabalho (outra coisa que os nossos governantes actuais não entendem).
Lembro-me de ter estudado que a eficácia fiscal tinha de ser temperada pela justiça fiscal. E que sectores como a saúde, educação e transportes, que não se suponham lucrativos, e portanto susceptíveis de serem apenas cobertos pela iniciativa privada, deviam ser cobertos por empresas públicas. A isso se destinariam em primeiro lugar os impostos, e não às mordomias políticas que só em Portugal passam por custos normais da democracia. Parece que isso passou de moda, até que novas correntes, de esquerda e de direita, surjam – como forçosamente têm de surgir. Para a diminuição de impostos corresponder a maior actividade económica e subida de receitas – e não a cortes nas politicas sociais.
IN "SOL"
06/04/13
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Troika mais humana
que Governo de Passos
Na recente apresentação de projectos prioritários para transportes públicos do Governo, lá apareceram também os de passageiros.
Segundo as notícias, foi a troika, estranhamente mais humanizada do que o Governo de Passos, que impôs a parte dos passageiros. As mesmas notícias indicavam que a única preocupação do Governo português era o transporte de mercadorias, e a sua exportação.
Já antes do 25 de Abril, e antes toda a Direita (com grande influência da democrata-cristã) reconhecia um aspecto dado por seguro também pela esquerda: de que a eficácia económica tem de ser temperada pelos interesses das pessoas, que não são apenas números e instrumentos da economia, mas devem ser cidadãos e os destinatários das medidas económicas.
A tecnoditadura liberal quer apenas eficácia para fazer crescer o PIB do pais, e assim algumas escassas figuras chamadas empreendedoras nos países mais atrasados, e ter o resto da população apenas como instrumentos dessa politica. Daí os cortes, em vez do crescimento a favor de todos. E daí a baixa de salários, como se equivalesse a produtividade. O Presidente já disse que a produtividade não pode ser obtida por baixos salários, porque haverá sempre zonas do mundo escravizadas, que nos ganham nesse aspecto (coisa que o Governo não entende).
As tecnologias novas, essas sim, deveriam ser instrumentos ao serviço das populações, para lhes aumentarem os rendimentos, e diminuírem as horas de trabalho (outra coisa que os nossos governantes actuais não entendem).
Lembro-me de ter estudado que a eficácia fiscal tinha de ser temperada pela justiça fiscal. E que sectores como a saúde, educação e transportes, que não se suponham lucrativos, e portanto susceptíveis de serem apenas cobertos pela iniciativa privada, deviam ser cobertos por empresas públicas. A isso se destinariam em primeiro lugar os impostos, e não às mordomias políticas que só em Portugal passam por custos normais da democracia. Parece que isso passou de moda, até que novas correntes, de esquerda e de direita, surjam – como forçosamente têm de surgir. Para a diminuição de impostos corresponder a maior actividade económica e subida de receitas – e não a cortes nas politicas sociais.
IN "SOL"
06/04/13
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