HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Biografia do cantor lírico Maurício
. Bensaúde lançada este mês nos Açores
Desconhecido em Portugal, mas entre os grandes cantores de ópera
a nível mundial, o açoriano Maurício Bensaúde esteve para ser médico,
mas foi no canto lírico que fez carreira, evocada agora numa biografia a
apresentar este mês nos Açores.
“Infelizmente, o nosso país teve poucas figuras da ópera de grandeza
internacional. Podemos apontar umas 15 no máximo. Uma delas foi,
exatamente, Maurício Bensaúde”, afirmou à Lusa Mário Moreau, autor da
biografia “Maurício Bensaúde”.
O livro, com 150 páginas, será apresentado no dia 30 de abril em Ponta Delgada, nos Açores, numa homenagem póstuma que visa assinalar os 150 anos do nascimento deste açoriano.
Apesar desta “carreira ilustre”, Maurício Bensaúde ainda não integra a galeria de notáveis dos Açores, um projeto online do Governo Regional, que visa “a afirmação identitária da família açoriana”, através da promoção dos açorianos e seus descendentes, que se notabilizaram fora do arquipélago em variados setores, entre os quais a música.
Mário Moreau, médico de profissão, mas apaixonado por música, explicou à Lusa que o seu interesse em Maurício Bensaúde começou há 30 anos, quando publicou livros sobre os cantores de ópera em Portugal, tendo agora feito uma biografia específica em que acrescentou “coisas novas”.
“Este trabalho é um acrescento, um aumento de um trabalho que já foi publicado numa coisa chamada “Cantores de ópera portugueses”. O segundo volume começa exatamente com Maurício Bensaúde”, referiu o antigo diretor artístico do Teatro de S. Carlos e da Academia de Amadores e Música.
Aos 21 anos, Maurício Bensaúde estreou-se em Lisboa numa curta carreira no teatro declamado e na opereta, partindo com 26 anos para Itália, onde aprendeu canto com o tenor Pozzo e com Arcangelo Rossi.
“Maurício Bensaúde, como primeira figura, cantou com os grandes nomes [do canto lírico] da época”, recordou Mário Moreau, acrescentando que além de vários países europeus, o açoriano atuou na América do Norte e do Sul e também na Austrália.
Segundo disse o biógrafo, o repertório de Maurício Bensaúde atingiu 46 óperas, integrando o elenco de algumas das mais famosas produções da sua época, tendo contracenado com os grandes cantores, tais como Adelina Patt, Francesco Tamagno, Enrico Caruso e Ema Calvé.
Para escrever a biografia, Mário Moreau contou com a colaboração da família Bensaúde, tendo mesmo chegado a encontrar-se algumas vezes com o filho do cantor.
“Eu conheci o pintor Ricardo Bensaúde, que era filho do cantor. Estive duas ou três vezes em casa dele. Pessoa gentilíssima. Já era uma pessoa idosa”, adiantou o biógrafo, que incluiu no livro várias fotografias.
A homenagem a Maurício Bensaúde, em Ponta Delgada, vai decorrer no Teatro Micaelense a 30 de abril e, além da apresentação da biografia, inclui uma exposição intitulada “ Maurício Bensaúde - Dos Açores para o Mundo” e um concerto oferecido pelo Coral de São José.
O evento, que esteve para decorrer no início de fevereiro, foi organizado pelo Teatro Nacional de S. Carlos e pela Direção Regional da Cultura.
* A nossa ignorância é aflitiva, vamos tentar emendar-nos!
O livro, com 150 páginas, será apresentado no dia 30 de abril em Ponta Delgada, nos Açores, numa homenagem póstuma que visa assinalar os 150 anos do nascimento deste açoriano.
Apesar desta “carreira ilustre”, Maurício Bensaúde ainda não integra a galeria de notáveis dos Açores, um projeto online do Governo Regional, que visa “a afirmação identitária da família açoriana”, através da promoção dos açorianos e seus descendentes, que se notabilizaram fora do arquipélago em variados setores, entre os quais a música.
Mário Moreau, médico de profissão, mas apaixonado por música, explicou à Lusa que o seu interesse em Maurício Bensaúde começou há 30 anos, quando publicou livros sobre os cantores de ópera em Portugal, tendo agora feito uma biografia específica em que acrescentou “coisas novas”.
“Este trabalho é um acrescento, um aumento de um trabalho que já foi publicado numa coisa chamada “Cantores de ópera portugueses”. O segundo volume começa exatamente com Maurício Bensaúde”, referiu o antigo diretor artístico do Teatro de S. Carlos e da Academia de Amadores e Música.
Aos 21 anos, Maurício Bensaúde estreou-se em Lisboa numa curta carreira no teatro declamado e na opereta, partindo com 26 anos para Itália, onde aprendeu canto com o tenor Pozzo e com Arcangelo Rossi.
“Maurício Bensaúde, como primeira figura, cantou com os grandes nomes [do canto lírico] da época”, recordou Mário Moreau, acrescentando que além de vários países europeus, o açoriano atuou na América do Norte e do Sul e também na Austrália.
Segundo disse o biógrafo, o repertório de Maurício Bensaúde atingiu 46 óperas, integrando o elenco de algumas das mais famosas produções da sua época, tendo contracenado com os grandes cantores, tais como Adelina Patt, Francesco Tamagno, Enrico Caruso e Ema Calvé.
Para escrever a biografia, Mário Moreau contou com a colaboração da família Bensaúde, tendo mesmo chegado a encontrar-se algumas vezes com o filho do cantor.
“Eu conheci o pintor Ricardo Bensaúde, que era filho do cantor. Estive duas ou três vezes em casa dele. Pessoa gentilíssima. Já era uma pessoa idosa”, adiantou o biógrafo, que incluiu no livro várias fotografias.
A homenagem a Maurício Bensaúde, em Ponta Delgada, vai decorrer no Teatro Micaelense a 30 de abril e, além da apresentação da biografia, inclui uma exposição intitulada “ Maurício Bensaúde - Dos Açores para o Mundo” e um concerto oferecido pelo Coral de São José.
O evento, que esteve para decorrer no início de fevereiro, foi organizado pelo Teatro Nacional de S. Carlos e pela Direção Regional da Cultura.
* A nossa ignorância é aflitiva, vamos tentar emendar-nos!
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