ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Cadastro para pais fumadores
O 'cadastro' para pais fumadores é uma das orientações
sugeridas por especialistas e que o Ministério da Saúde está a ponderar
ter em vigor já em 2014, quando a lei do tabaco for revista.
Os hábitos tabágicos da família deverão ficar registados tanto no historial clínico da criança registada Serviço Nacional de Saúde (SNS) como no boletim infantil.
Os hábitos tabágicos da família deverão ficar registados tanto no historial clínico da criança registada Serviço Nacional de Saúde (SNS) como no boletim infantil.
A nova orientação é encarada como uma forma de
radicalismo que responsabiliza os fumadores pelas doenças dos filhos.
Segundo o Governo, o objetivo não é culpabilizar os pais, mas prevenir
danos.
* Comunicado do Ministério da Saúde sobre 'cadastro' para pais fumadores
A propósito da notícia hoje publicada pelo Expresso
sobre a intenção do Governo em criar um cadastro de pais fumadores
recebemos do Ministério da Saúde o seguinte desmentido:
A propósito dos números do ultimo relatório da DGS sobre o Programa Prioritário referente ao Tabagismo, o Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, questionado pelo referido semanário - sobre se ia passar a cadastrar os pais que fumavam - respondeu que, no combate aos elevados números do tabagismo em Portugal e suas consequências no número de nascimentos de bebes prematuros, o essencial e o mais importante era "informar" e que tal combate aconselhava "bom senso".
A propósito dos números do ultimo relatório da DGS sobre o Programa Prioritário referente ao Tabagismo, o Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, questionado pelo referido semanário - sobre se ia passar a cadastrar os pais que fumavam - respondeu que, no combate aos elevados números do tabagismo em Portugal e suas consequências no número de nascimentos de bebes prematuros, o essencial e o mais importante era "informar" e que tal combate aconselhava "bom senso".
O Ministério da Saúde sublinha que não tenciona
culpabilizar os pais e considera, nomeadamente, que há medidas
restritivas que têm um papel limitado quando nos referimos a áreas da
esfera da decisão privada.
De referir que é prática corrente, por parte dos
ginecologistas e obstetras, inquirir os pais sobre os hábitos tabágicos e
os obstetras convidam sempre as grávidas fumadoras a abandonarem o
consumo de tabaco.
As normas de procedimento neonatal e de execução de
história clínica, nomeadamente de colheita de antecedentes familiares,
estão bem estabelecidas na pratica médica há muitos anos, não
necessitando de alterações.
Neste sentido considera-se lamentável que o Expresso
tenha feito uma interpretação abusiva e lesiva das palavras do
Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, ao escrever que o
Ministério pondera tal medida.
O Ministério da Saúde não se revê no título da primeira
página do vosso jornal, nem numa ação de caráter discriminatória como o
mesmo sugere. Está fora de causa "cadastrar os pais fumadores" e essa
atitude situa-se nos antípodas do apelo ao bom senso e ponderação que se
defende para se sensibilizar a população para os riscos do consumo do
tabaco - como se pode ver na resposta dada pelo Secretário de Estado
Adjunto do Ministro da Saúde, que reenvio e sublinho a palavra bom
senso.
=========================================================================
** Nota da direção do Expresso
Na sequência do comunicado do Ministério da Saúde, a direção do Expresso emitiu a seguinte nota:
O Expresso compreende que o Ministério da Saúde não se reveja no nosso título de primeira página, mas o jornal não se revê igualmente no texto e no tom do desmentido do governo.
Concedemos que a palavra cadastro possa induzir a leituras erradas, mas é a palavra correta para descrever uma das alterações que está a ser pensada à Lei do Tabaco, cujas linhas gerais foram publicamente divulgadas na reunião de terça-feira na Direção Geral de Saúde e posteriormente explicadas pelo secretário de Estado da Saúde, a pedido deste jornal, como a notícia sublinha.
O Expresso compreende que o Ministério da Saúde não se reveja no nosso título de primeira página, mas o jornal não se revê igualmente no texto e no tom do desmentido do governo.
Concedemos que a palavra cadastro possa induzir a leituras erradas, mas é a palavra correta para descrever uma das alterações que está a ser pensada à Lei do Tabaco, cujas linhas gerais foram publicamente divulgadas na reunião de terça-feira na Direção Geral de Saúde e posteriormente explicadas pelo secretário de Estado da Saúde, a pedido deste jornal, como a notícia sublinha.
O Expresso lembra que não é a primeira vez que este
governo vem desmentir ideias que lançou sobre alterações à lei do
tabaco, tendo a mais recente passado por desmentidos, recuos e até por
publicas divisões na coligação governamental. Apenas lembramos estes
factos para sublinhar que a intenção de passar a registar por escrito os
hábitos dos pais fumadores foi manifestamente declarada esta semana
pelas autoridades competentes.
Se essa intenção não resiste a uma notícia deste jornal e a alguma polémica pública, é um facto que registamos e que nos obriga a sermos mais cuidadosos, não com a informação que temos mas com a convicção de quem a transmite.
Se essa intenção não resiste a uma notícia deste jornal e a alguma polémica pública, é um facto que registamos e que nos obriga a sermos mais cuidadosos, não com a informação que temos mas com a convicção de quem a transmite.
Sem comentários:
Enviar um comentário