HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Enfermeiros contra cuidados
prestados por farmacêuticos
A Ordem dos Enfermeiros alega que "a segurança dos pacientes" está em risco na prestação de cuidados de saúde nas farmácias.
A Ordem dos Enfermeiros (OE) quer que o Governo ponha
fim à prestação de cuidados de saúde em farmácias, por farmacêuticos e
técnicos de farmácia, alegando que estes profissionais não têm
competência para tal.
"A
preocupação da Ordem dos Enfermeiros é a segurança do paciente.
Defendemos que as farmácias poderão ser locais de prestação de cuidados
quando têm condições estruturais e profissionais para o efeito",
explicou o bastonário, Germano Couto, que na sexta-feira à tarde
participou em Coimbra num debate com o Presidente da Entidade Reguladora
da Saúde (ERS).
Germano Couto referiu que a OE tem vindo a receber
queixas, de profissionais de enfermagem e de cidadãos sobre alegados
atos de enfermagem em farmácias praticados por outros que não
enfermeiros, que comportam riscos para a saúde da população.
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"Não
estamos a pôr em causa o profissionalismo do farmacêutico. A questão é
de quem tem competências para prestar cuidados de saúde, competências
que o farmacêutico não possui porque não foi formado nesse sentido",
sublinhou.
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Na
opinião do bastonário, para se evitar este tipo de intervenção das
farmácias na prestação de cuidados de saúde é preciso que o Governo
clarifique um despacho de há quatro anos, "que está enfermado de
subjetividade".
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De
acordo com um comunicado da OE, o presidente da ERS terá exortado os
enfermeiros para juntamente com outras ordens contribuir para "uma
combinação mais eficiente das profissões, em benefício dos cidadãos".
Como exemplo referiu intervenções dos enfermeiros "que podem ir mais além", com é o caso do Enfermeiro da Família, uma figura que aguarda concretização prática no Serviço Nacional de Saúde.
Como exemplo referiu intervenções dos enfermeiros "que podem ir mais além", com é o caso do Enfermeiro da Família, uma figura que aguarda concretização prática no Serviço Nacional de Saúde.
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O
bastonário corroborou esta ideia, lembrando que Portugal continua a não
rentabilizar competências dos enfermeiros, e citou os casos da saúde
materna e obstétrica, no acompanhamento da gravidez considerada normal, e
na dor crónica.
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Segundo
o responsável, estes são dois casos em que há "duplicação de recursos",
uma vez que continuam a ser "dois atores quando podia ser apenas um,
porque um tem o poder da prescrição de medicamentos e exames
complementares de diagnóstico [o médico] e o outro não [o enfermeiro]".
* Eis duas classes de profissionais merecedoras do nosso maior respeito, mas enfermeiros e farmaceuticos devem tomar conta do seu pelouro, nada mais.
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