HOJE NO
" CORREIO DA MANHÃ"
Judiciária levou 22 a tribunal
e 8 ficaram na cadeia.
Escutas telefónicas traíram arguidos.
Moravam no Porto, em Aveiro e na Guarda. Mas
escolhiam todos fazer exames de código em Bragança ou Mirandela. A
coincidência foi ontem levada a tribunal e os instrutores não
conseguiram explicá-la.
O Ministério Público pediu prisão preventiva
para oito, a decisão do juiz foi na mesma linha. Catorze saíram com
medidas de coação mais brandas, que à hora do fecho desta edição ainda
não eram conhecidas.
Amaioria dos candidatos que
ao longo de décadas fizeram exames nos centros de Mirandela e Bragança
tinham outras semelhanças. Até sabiam conduzir, mas por não saberem ler
ou escrever nunca conseguiriam tirar o código. Mesmo assim, conseguiram
prestar provas. E passaram.
Estes e outros
indícios – designadamente centenas de transcrições de escutas
telefónicas feitas ao longo de dois anos – foram ontem analisados em
tribunal. Dos 24 detidos, dois já tinham saído em liberdade. Foram o
proprietário de uma escola de condução e um alegado intermediário a quem
o Ministério Público aplicou menores medidas de coação.
Os
sinais exteriores de riqueza dos instrutores foram analisados: carros
topo de gama, vivendas e piscinas de luxo não eram justificados por
ordenados que pouco ultrapassam os 1000 euros. As explicações faltaram
e, por isso, a decisão do juiz do Tribunal de S. João Novo passou por
determinar a prisão preventiva para os arguidos.
* Às vezes o crime não compensa, fundamentalmente quando é arraia miúda!
A PJ é uma excelente polícia de investigação.
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