ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"
Produtores florestais podem
gerar mais riqueza económica
A
rentabilidade do investimento florestal em pequenas propriedades está
diretamente relacionada com as “várias alternativas de investimento”
existentes. Segundo Rosário Alves, diretora executiva da Forestis, os
pequenos proprietários devem, “na formulação das opções, valorizar a
diversificação das produções e os prazos de retorno”.
MANCHA FLORESTAL |
Tendo
em consideração “o longo prazo da produção florestal e o risco de
incêndio em Portugal”, a Forestis está convicta que “as taxas de
rentabilidade poderão ser mais atrativas se a exploração da madeira for
complementada com produções não lenhosas com retorno económico mais
curto, como são os casos da castanha, pinhão, cogumelos, frutos
silvestres, silvopastorícia ou biomassa florestal”, disse Rosário Alves à
“Vida Económica.
A “Floresta: Investimento na pequena propriedade” é o tema do
seminário que se realiza hoje, das 9h00 às 12h30, no âmbito da Feira
Agro Braga 2013, que decorre de 11 a 14 de abril, no Parque de
Exposições de Braga.
Em súmula, Rosário Alves refere que o seminário tem como objetivo
“continuar a alertar que a rentabilidade [das explorações florestais]
está muito associada a economias de escala”. Assim, “em situações de
associação”, como as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), “há mais
garantias de sucesso ao nível da minimização de custos de produção e
também na comercialização dos produtos”, assegurou.
O programa do seminário aborda o investimento florestal em pequenas
propriedades, concretamente em espécies como o pinheiro, o eucalipto e o
castanheiro, sendo que a taxa de rentabilidade “está sempre associada a
dois fatores determinantes, a saber, tipo de produção (ou cultura) e
escala - ou dimensão da área”, adiantou aquela responsável.
Mais peso à floresta no Proder
Paralelamente, este seminário visa “aproveitar a mobilização dos
proprietários e agricultores que visitaram a Feira Agro”,
apresentando-lhes “as perspetivas do novo quadro comunitário” e
“recolher a sua sensibilidade no sentido de fazermos chegar ao
Ministério da Agricultura contributos ajustados à realidade que permitam
uma maior utilização dos fundos comunitários no investimento florestal
na pequena propriedade, invertendo a situação que se registou no
Proder”, declarou.
O certame, que conta com a presença de Francisco Gomes da Silva,
secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, bem como
de Francisco Carvalho Guerra, presidente da Direção da Forestis,
debaterá ainda formas para explorar o potencial de crescimento da
fileira, no sentido de ver a sua contribuição para o PIB duplicar nos
próximos 30 anos.
* A FLORESTA É OURO VERDE
.
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