02/03/2013

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HOJE NO

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Soares pede “respeito” pelo PGR 
angolano e diz que investimentos 
são necessários e bem-vindos 

“O PGR de Angola deve merecer acrescido respeito”, diz Soares, que considera investimento angolano em Portugal útil, necessário e bem-vindo”
“Os nossos povos, português e angolano, são povos irmãos, pelo que é nossa obrigação tudo fazermos para aprofundar as relações entre ambos. Certos artigos, como o que referiu, do Expresso, são muito prejudiciais a ambos os povos”.
Foi assim que o ex-Presidente da República Mário Soares respondeu, quando o i lhe pediu um comentário sobre o actual momento nas relações entre Portugal e Angola, na sequência da notícia do semanário Expresso sobre a investigação ao PGR angolano, a que se seguiu um violento editorial do “Jornal de Angola” dizendo que os investimentos angolanos não seriam bem-vindos em Portugal.
O ex-Presidente da República afirma, pelo contrário, que “o investimento angolano em Portugal é útil, necessário e bem-vindo” e que “o cargo de procurador-geral da República de Angola deve merecer acrescido respeito institucional no quadro das relações que têm que ser salvaguardadas entre os dois países”.

Mário Soares lembra que “a importância da comunidade portuguesa em Angola e da comunidade angolana em Portugal tem de estar sempre presente” e que “equívocos eventualmente existentes devem ser desfeitos com boa vontade recíproca”.

Soares relembra a sua história pessoal relativamente à independência de Angola e dos outros países africanos. “Como é público, fui e sou anticolonialista. Dei a minha solidária contribuição ao povo angolano e aos demais povos em defesa da independência. Nunca fui anti-MPLA ou anti-Savimbi. Limitei-me a querer a paz entre ambos. Defendi, como advogado, dirigentes do MPLA no tribunal plenário de Lisboa. Fui e sou amigos de muitos como fui do presidente Agostinho Neto, tendo estado preso ao lado dele no Aljube”.

Depois do 25 de Abril, “no Portugal libertado coube-me como ministro dos Negócios Estrangeiros garantir em nome de Portugal o direito inalienável dos povos colonizados à independência. Nunca escondi o que penso”.
 Mário Soares defende que é preciso “aprofundar cada vez mais as relações entre Portugal e Angola” e que a polémica desencadeada pela notícia do Expresso “não é positiva para ninguém, neste mundo global em que tanto conta a lusofonia”.

A luta comum
 Mário Soares afirma, na sua resposta à pergunta do i, que “como mero cidadão português sem responsabilidades partidárias hoje”, mas “presidindo a uma fundação que tem um importante espólio da luta anticolonial de todos os países da lusofonia”, está disponível para tudo fazer em nome das relações entre os dois povos. “Desejaria ainda no meu tempo desenvolver esforços mútuos para estabelecer e dinamizar parcerias com instituições angolanas e de todos os outros países da CPLP no sentido de legar aos jovens a importância da luta comum dos nossos povos”.
Foi há uma semana que o Expresso noticiou que o procurador-geral de Angola estava sob investigação da justiça portuguesa. O “Jornal de Angola” reagiu, em editorial, apelando ao fim dos investimentos angolanos em Portugal, porque “as elites portuguesas corruptas não querem nada com angolanos”.

* A "luta comum" de outrora não tem nada a ver  com a opressão do povo angolano de hoje. Todo o poder angolano é corrupto, o judicial também. O dinheiro que vem de Angola está manchado de sangue mas parece que Mário Soares não se importa, não admira, ele modernizou a política portuguesa ao meter o socialismo na gaveta.
As imagens revelam onde a muitimilionária angolana, filha do Zedu devia investir no seu país

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