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* O governo está a tentar apagar o fogo do défice com gasolina, há grandes hipóteses de tareia nas ruas.
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
OE 2013
IMI vai disparar em 2013
sem cláusulas de salvaguarda
O Governo vai deixar
cair as normas que admitiam que os prédios reavaliados no âmbito da
avaliação geral de imóveis em curso não teriam um aumento total de IMI
até 2014 e que a subida não poderia ultrapassar os 75 euros.
O
agravamento do imposto será assim antecipado já para o próximo ano. Em
causa estão 5,2 milhões de imóveis que verão o imposto disparar.
O Governo decidiu eliminar a cláusula
geral de salvaguarda do IMI, que tinha sido criada para evitar que o
aumento de imposto, que acontecerá inevitavelmente para os prédios que
estão agora a ser reavaliados no âmbito da avaliação geral de imóveis,
se reflectisse já na totalidade e de forma demasiado abrupta.
A
eliminação desta cláusula, anunciada por Vítor Gaspar hoje em
conferência de imprensa, significa que o imposto aumentará já na sua
plenitude em 2013, em vez de isso acontecer de forma faseada, como
estava previsto.
A lei ainda em vigor prevê, recorde-se, que a
colecta do IMI respeitante a 2012 e a 2013, a liquidar em 2013 e 2014,
respectivamente, está sujeita a limites. Assim, não poderá,
nomeadamente, exceder o valor da colecta do IMI no ano anterior
adicionada de 75 euros em cada ano.
Esta medida foi tomada em
simultâneo com a determinação da avaliação geral de imóveis que pretende
que o valor patrimonial de todos os imóveis seja calculado à luz das
regras do código do IMI. No início do ano, quando se iniciou a avaliação
geral, havia cerca de 5,2 milhões de imóveis que ainda não estavam a
pagar IMI pelas novas regras.
Este universo de imóveis será agora directamente atingido por um aumento imediato de IMI, sem qualquer cláusula de salvaguarda.
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