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ALCOOL E XIXI
Existem cada vez mais mulheres e adolescentes a procurar ajuda devido à dependência alcoólica. Cerca de um terço dos membros dos Alcoólicos Anónimos são do sexo feminino.
São cada vez mais os jovens e as mulheres que chegam às unidades de alcoologia dos hospitais, assim como aos grupos de apoio.
Segundo o diretor da Unidade de Alcoologia de Lisboa, Alfredo Frade, verificou-se “um aumento do número de casos de alcoolismo”. Apesar do problema predominar entre os homens “o alcoolismo feminino está a subir, tal como o juvenil“, frisou.
Para o responsável de comunicação dos Alcoólicos Anónimos (AA), a
tendência para o aumento do número de alcoólicos entre as mulheres e os
adolescentes “de vinte e poucos anos” verificou-se nos “últimos dez
anos”. “Posso dizer que, neste momento as mulheres talvez representem um terço da nossa comunidade”, acrescentou.
Contudo, o diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos aditivos e Dependências, explicou ao jornal Sol
que não se pode, por enquanto, afirmar que existe um a ligação entre o
crescimento da dependência e dos problemas com o álcool face à crise
económica, pois não estão disponíveis os números oficiais de alcoólicos
em território nacional.
IN "O tecnologia.com.pt"
O álcool é considerado a mais perigosa das drogas, à frente mesmo das
chamadas "drogas duras" como a heroína, o crack e a cocaína, numa
avaliação publicada em Novembro de 2010 na prestigiada revista médica "The Lancet" -
que calcula de forma combinada os danos individuais e sociais.
Confrontado com os resultados do ranking elaborado pelo Comité Científico Independente sobre as Drogas do Reino Unido, o ex-director do Centro de Alcoologia de Lisboa Domingos Neto não se mostra minimamente surpreendido...
... "O álcool é muito mais perigoso do que se imagina", comenta o
psiquiatra. É responsável por "cerca de 40 doenças, além de muita
violência, conflitos e perturbação da ordem pública", enumera. Ainda
assim, "há imensas forças a favor do consumo dos jovens", um "lobby
fortíssimo que protege as bebidas alcoólicas".
E a dependência do álcool continua a ser "muito tolerada" em Portugal,
onde, para um máximo de "entre 70 a 80 mil toxicodependentes pesados",
existem cerca de 500 mil pessoas com síndrome de dependência de álcool.
Mas o problema não é só português. "O álcool é a cocaína da Europa", diz
o psiquiatra, que lamenta que em Portugal "falte uma atitude de saúde
pública integrada para combater" este problema.
Num estudo divulgado este ano, a associação de defesa dos consumidores Deco concluiu que mais de metade dos jovens com idade inferior a 16 anos compravam bebidas alcoólicas, apesar da proibição legal.
IN "PÚBLICO"
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