DOGO CANÁRIO
.
Classificação F.C.I.:
Grupo 2 - Pinscher, Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses
Suíços e raças assemelhadas.
Seção 2 - Molossóides
2.1 - Tipo Mastife
Padrão FCI nº 346 - 12 de agosto de 2011.
País de origem: Espanha
Nome no país de origem: Dogo Canario
Utilização: Cão de guarda e proteção do gado
Sem prova de trabalho.
RESUMO HISTÓRICO: cão molossóide originário das Ilhas Tenerife e Grande
Canária, no arquipélago Canário. Surgiu como resultado do cruzamento entre o
“majorero”, cão pastor pré-hispânico oriundo das ilhas e cães molossóides que
chegaram ao arquipélago. Estes cruzamentos originaram um agrupamento étnico de
cães do tipo dogo, de tamanho médio a grande, de cor tigrado ou fulvo e manchados
de branco, de morfologia robusta, própria de um cão molosso, porém com agilidade
e força, de bom temperamento, rústico e de caráter ativo e fiel. Durante os séculos 16
e 17 sua população aumentou consideravelmente, existindo numerosas referências
ao mesmo nos textos históricos anteriores à conquista e sobretudo aos “Cedularios
del Cabildo”, nos quais se explicam as funções que realizavam, especialmente como
guardiões e no cuidado dos rebanhos bovinos.
APARÊNCIA GERAL: cão molossóide, de tamanho médio a grande, de perfil
retilíneo e máscara preta. Robusto e bem proporcionado.
PROPORÇÕES IMPORTANTES: o corpo é mais longo que sua altura na
cernelha. Esta característica é mais acentuada nas fêmeas. A proporção
crânio:focinho é de 60:40%. A largura do crânio é 3/5 do comprimento total da
cabeça. A distância do cotovelo ao solo deve ser de 50% da altura na cernelha
nos machos e um pouco menos nas fêmeas.
COMPORTAMENTO/TEMPERAMENTO: olhar calmo, expressão atenta. É
especialmente adequado como cão de guarda e tradicionalmente utilizado para cuidar
do gado. Seu temperamento é equilibrado e muito seguro de si mesmo. Latido baixo
e profundo. Obediente e dócil com os membros da família, muito devoto ao seu
dono, mas pode ser reservado com estranhos. Atitude confiante, nobre e um pouco
distante. Quando está alerta, sua postura é firme, com atitude alerta.
CABEÇA: maciça, braquicefálica e de aparência compacta, coberta de pele grossa.
Sua forma tende a ser um cubo levemente alongado. As linhas crânio-faciais são
paralelas ou levemente convergentes.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: ligeiramente convexo em sentido antero-posterior e transversal. O osso frontal
tende a ser plano. Sua largura é quase idêntica ao seu comprimento. Os arcos
zigomáticos são pronunciados, com os músculos das bochechas e mandíbulas bem
desenvolvidos, mas não proeminentes, cobertos por pele solta. Crista occipital só
levemente marcada.
Stop: é definido, mas não abrupto. O sulco entre os lobos frontais é bem definido e
de aproximadamente 2/3 do tamanho do crânio.
REGIÃO FACIAL
Trufa: larga e fortemente pigmentada de preto. Ela esta colocada na mesma linha da
cana nasal. Fossas nasais grandes para facilitar a respiração.
Focinho: mais curto que o crânio, sendo, no geral, aproximadamente 40% do
comprimento total da cabeça. Sua largura é de 2/3 da largura do crânio. Sua base é
bem larga, afinando levemente até a trufa. A cana nasal é plana e reta, sem sulcos.
Lábios: os lábios superiores são pendurados, ainda que sem excesso. Vistos de
frente, os lábios superior e inferior se unem, formando um “V” invertido. Bordos
labiais ligeiramente divergentes. O interior dos lábios é de cor escura.
Maxilares / Dentes: mordedura em tesoura ou levemente prognata, sendo em no
máximo 2 mm. Admite-se a mordedura em torquês, embora não desejada devido
ao desgaste dentário que provoca. Os caninos apresentam ampla distância transversal.
Os dentes são largos, com fortes bases de implantação. Molares grandes, incisivos
pequenos e caninos bem desenvolvidos.
Olhos: ligeiramente ovalados, de tamanho médio a grande. Colocados bem separados,
mas nunca profundos ou protuberantes. Pálpebras pretas e bem aderentes, nunca
caídas. A cor varia do castanho escuro ao médio, de acordo com a cor da pelagem.
Nunca devem ser claros.
Orelhas: de tamanho médio, bem separadas, de pelo curto e fino. Caem naturalmente
em ambos os lados da cabeça. Se dobradas, são em forma de rosa. Sua inserção é
ligeiramente acima da linha dos olhos. Orelhas com inserções muito altas ou muito
juntas se consideram atípicas. Nos países onde a amputação é permitida, devem ser
eretas.
PESCOÇO: mais curto que o comprimento total da cabeça. A pele na sua parte
inferior é solta, formando uma leve barbela. Sólido e reto, tendendo a ser a cilíndrico
e musculoso.
TRONCO: comprido, largo e profundo.
Linha superior: reta, sem deformações, sustentada por uma musculatura bem
desenvolvida, porém, pouco visível. Ligeiramente ascendente desde a cernelha até a
garupa. A altura na garupa é 1-2cm maior que a altura na cernelha.
Garupa: comprimento médio, larga e arredondada. Não deve ser longa porque limitaria
sua movimentação. Nas fêmeas, normalmente, é mais larga.
Peito: de grande amplitude e com músculos peitorais bem definidos. Visto tanto de
frente quanto de perfil, deve estar bem descido, pelo menos até o nível dos cotovelos.
O perímetro torácico é normalmente igual à altura na cernelha mais 45% desta. Costelas
bem arqueadas.
Linha inferior e ventre: ligeiramente recolhida e nunca em linha descendente. Os
flancos só levemente pronunciados.
CAUDA: grossa na base, afinando-se até a ponta e não deve ultrapassar o jarrete. De
inserção média. Em ação eleva-se, em forma de sabre, mas sem encurvar-se ou
apoiar-se sobre o dorso. Em repouso é reta, com uma ligeira curvatura na ponta.
MEMBROS
ANTERIORES
Ombros: com boa inclinação.
Braços: bem angulados, oblíquos.
Antebraços: bem balanceados, retos. Ossos fortes e com boa musculatura.
Cotovelos: nem muito aderentes às costelas, nem muito afastados.
Metacarpos: muito sólidos e ligeiramente inclinados.
Patas: "pés de gatos" com dedos arredondados, não muito juntos. As almofadas
plantares são muito bem desenvolvidas e pretas. As unhas são escuras. As unhas
brancas não são desejadas, ainda que possam aparecer em função da cor da pelagem.
Posteriores
Aparência geral: vistos por trás, fortes e paralelos, sem desvios.
Coxas: longas e bem musculosas.
Joelhos: a angulação não é muito pronunciada, mas não deve ser insuficiente.
Metatarsos: sempre bem descidos.
Patas: ligeiramente mais longas que as anteriores e com características similares.
MOVIMENTAÇÃO: durante o movimento, o Dogo Canário é ágil e elástico,
cobrindo bem o solo. Passo longo. A cauda é portada baixa e a cabeça é elevada
apenas levemente por sobre o nível do dorso. Quando em atenção, a cauda e a
cabeça são portadas alto.
PELE: grossa e elástica. Mais solta sobre e ao redor do pescoço. Quando em
atenção, a pele sobre a cabeça forma pregas simétricas que se moldam desde o sulco
entre os lobos frontais.
PELAGEM
Pelo: curto, áspero, liso, sem subpelo (pode aparecer sobre o pescoço e na parte
posterior das coxas; um tanto mais áspero ao toque). Muito curto e fino nas orelhas;
ligeiramente mais longo na cernelha e na parte posterior das coxas.
COR: tigrado em todos os tons, desde um marrom escuro até um cinza claro ou
vermelho. Todos os tons de tigrado até cor de areia. Aceitam-se marcas brancas
sobre o peito, na base do pescoço ou na garganta, nas patas anteriores e dedos das
patas posteriores, mas este deve ser mínimo. Máscara sempre preta, mas sem
ultrapassar o nível dos olhos.
TAMANHO / PESO
Altura na cernelha:
machos: 60 a 66 cm
fêmeas: 56 a 62 cm.
Em casos de exemplares muito típicos, admitir-se-á 2 cm de tolerância acima ou
abaixo dos limites.
Peso mínimo:
machos: 50kg
fêmeas: 40 kg
Peso máximo:
machos: 65kg.
fêmeas: 55kg.
NOTA:
• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem
desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
IN "CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA"
.
Sem comentários:
Enviar um comentário