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HOJE NO
"PÚBLICO"
O novo parceiro dos agentes de segurança é um robô e é português
É um robô português que patrulha espaços, anda sozinho e detecta fumo, gás, água e pessoas. Com câmaras e sensores, o objectivo é facilitar o trabalho dos agentes de segurança, mas ainda precisa destes para uma boa supervisão.
Com cerca de 1,60 metros de altura e uma forma cónica, mais larga na base para ter estabilidade, a invenção, que ainda não tem nome, actua como vigilante e funciona como uma espécie de parceiro dos agentes de segurança humanos que a podem programar consoante as suas necessidades.
“Pode ser telecomandado ou fazer a ronda, porque ele reconhece o local”, explicou ao PÚBLICO Carlos Pinho, gestor do projecto que partiu do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC-TEC) do Porto. Para tal, basta que sejam marcados pontos num mapa e exportados para o robô.
Com recurso a sensores de fumo, humidade, monóxido de carbono, movimento, entre outros, o robô “consegue detectar ameaças de diferentes tipos de forma automática e enviar alarmes para os operadores humanos”, que configuram a sensibilidade dos sensores a partir dos quais desejam receber alertas, conta o gestor do projecto.
Deste modo, adapta-se a espaços e ambientes com características diferentes, como fábricas ou centros comerciais. “Numa fábrica, por exemplo, a temperatura definida será mais alta do que num shopping. [O operador de segurança] só é alertado quando há alarmes que ultrapassam o que foi definido”, concretiza Carlos Pinho.
Outras funcionalidades do robô são os modos de visão térmica, em alta definição ou a 360 graus, que permitem a detecção de formas humanas e são particularmente úteis quando os seguranças humanos têm de se ausentar.
O autómato transmite streams de vídeo em tempo real e emite notificações de ocorrências anormais. É igualmente capaz de tirar fotografias na ausência total de luz, com recurso a um sensor de infravermelhos.
Entre as suas valências, o robô consegue reconhecer matrículas, que depois são comparadas com outras assinaladas como suspeitas em bases de dados, podendo desempenhar funções num parque de estacionamento. “E com as câmaras térmicas, através da temperatura do motor e dos pneus, consegue detectar se o automóvel chegou há pouco tempo”, acrescenta.
O gestor do projecto ressalva, no entanto, que o robô foi criado para servir de “complemento às actividades de segurança actuais”, estando sempre dependente de um humano para uma supervisão eficaz. “Não é um elemento que, perante uma ameaça, consiga tomar uma acção. Nem sequer tem braços”, explica Carlos Pinho. “Quanto muito, pode andar à volta da pessoa, mas não pode derrubá-la”, acrescenta, salientando a importância do robô em operações que possam implicar riscos para os agentes de segurança humanos.
O robô está patrulhar experimentalmente os corredores do Centro Empresarial Lionesa, em Leça do Balio. "Os operadores humanos gostaram muito de trabalhar com o robô e reconheceram-lhe utilidade”, afirmou o gestor do projecto.
No futuro, o plano para o protótipo, que é fruto de um consórcio de empresas, que contou com a investigação e desenvolvimento do INESC-TEC, passa pela exportação. Ainda em fase de certificação, há interesse para que no final do ano sejam produzidas algumas unidades, ainda não estando definido qual o modelo de comercialização a aplicar.
* Miolos portugueses a funcionar.
Ter-se-ão, os autores deste projecto, licenciado na Lusófona em apenas um ano e assim engrossado o painel de excelência onde pontifica o ministro Relvas???
A nós parecem-nos gente bem mais vulgar, incapazes de se licenciarem em menos de cinco anos!
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