HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Álvaro Santos Pereira:
Portugal pode ser um eixo
geoeconómico estratégico
para o Iraque
Portugal pode posicionar-se como um "eixo geoeconómico estratégico" para o Iraque, através das geografias com as quais tem "relações privilegiadas", afirmou hoje o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira.
"Portugal não representa meramente um mercado de cerca de 10 milhões de consumidores. Tem um conjunto de relações privilegiadas a nível cultural, linguístico, económico e empresarial com várias regiões do globo, passando pelos países de expressão oficial portuguesa, pelo norte de África e o continente americano, pelo que nos devemos posicionar como eixo geoeconómico estratégico entre o Iraque e estes espaços regionais", afirmou o ministro. Álvaro Santos Pereira, que falava na abertura do primeiro Fórum Económico Portugal-Iraque, a decorrer em Lisboa, disse que existem "variadíssimas oportunidades de negócio, parcerias e cooperação" entre ambos os países.
Afirmando que existe um "certo desconhecimento" das oportunidades existentes, o ministro sublinhou a importância de iniciativas como o fórum de hoje, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa (CCIAP), considerando-o "muito relevante e oportuno para impulsionar" a cooperação empresarial entre os dois países.
"Os fluxos de comércio e investimento nos últimos anos entre Portugal e o Iraque estão bastante abaixo do que se pretende.
Na verdade, são bastante insignificantes", disse Álvaro Santos Pereira, que fez votos para que a iniciativa de hoje permita abrir um "novo capítulo" entre as empresas e os países para proporcionar negócios e emprego entre os dois países.
O ministro afirmou que Portugal "está, neste momento, num processo de se abrir ao mundo", pelo que a definição de novos mercados "é muito importante".
Santos Pereira disse ainda que Portugal tem um conjunto de "empresas de excelência" nos sectores da construção e Obras Públicas, recursos hídricos e energia.
Já o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, explicou que Portugal teve de adiar o seu "ambicioso programa" de obras públicas, pelo que tem hoje "mão de obra disponível, capaz e com capacidade de resposta imediata".
O ministro da Construção e Habitação do Iraque, Mohammed Sahib Al-Derajy, salientou, por seu turno, que "não há falta de segurança e instabilidade" no país, afirmando que a "situação é estável".
O ministro afirmou que "90 por cento do território iraquiano não registou qualquer incidente nos últimos dois anos".
Mohammed Sahib Al-Derajy disse que as prioridades do Iraque estão no investimento em infraestruturas rodoviárias, na energia, nas obras públicas, nos transportes e no setor da água e salientou a experiência de Portugal na construção de estradas e pontes, bem como no setor dos materiais de construção.
O Iraque tem um plano de investimentos que totaliza cerca de 190 mil milhões de dólares [cerca de 151 mil milhões de euros, à taxa de câmbio actual], repartidos entre o governo e o sector privado, até 2014, segundo a CCIAP.
O presidente da CCIAP, Ângelo Correia, afirmou esperar que, do intercâmbio proporcionado pelo fórum, resultem iniciativas concretas.
Também o presidente da Federação das Câmaras de Comércio do Iraque, Jaafar Al-Hamdani, qualificou o fórum de hoje como uma "boa oportunidade para os sectores privados" português e iraquiano.
* Mas porque é que os governantes portugueses priveligiam os contacto políticos e comerciais com as ditaduras mais horrendas da história contemporânea. Ele é a China, ele é o Chavez, ele é o ZEDU e agora para rematar a barbárie iraquiana.
Santos Pereira que vem dum país com uma sólida democaracia não aprendeu por lá valores humanos???
O dinheiro é que conta, né????
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