04/06/2012

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  HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Ingleses investem 53 milhões de euros
 em parque temático

 Uma empresa inglesa quer investir 53 milhões de euros na construção de um parque temático de diversões no Bombarral, anunciou hoje a câmara, que vai avançar com uma alteração ao Plano Diretor Municipal para autorizar o projeto. O presidente da autarquia disse à agência Lusa que a Sky Towers, uma empresa de capitais ingleses, tenciona construir o parque em terrenos municipais da Quinta do Falcão. 
"Será uma grande feira popular, com montanhas russas, carrosséis, jogos de água, torre de observação, pista de carros e uma espécie de casa assombrada, alusivos a diversos temas que vão alternando", adiantou José Manuel Vieira (PSD). O parque temático vai dispor, ao todo, de 28 equipamentos de diversão, além de três zonas comerciais, cinco espaços de restauração, sala de cinema 4D, centro de exposições, jardins, três praças centrais e caminhos pedonais. 

Segundo o autarca, o investimento de 53 milhões de euros vai criar 320 postos de trabalho diretos e outros tantos indiretos, além de gerar receitas para o município. "É um projeto fundamental para o concelho, uma vez que o acordo que a câmara estabeleceu com o promotor impõe a obrigatoriedade de contratar trabalhadores a residir no concelho", sublinhou. José Manuel Vieira explicou que o investimento vai dar "um forte contributo à melhoria da saúde financeira do município", não só com taxas pagas durante a fase de construção, mas também porque vai obter uma renda (cujo valor não está ainda definido) pelo aluguer dos terrenos e cinco por cento dos lucros anuais do parque, durante a fase de exploração. 

Segundo o estudo de viabilidade enviado pelos promotores à autarquia, por comparação à Isla Mágica, em Sevilha (Espanha), o parque deverá atrair 500 mil visitantes (cada visitante vai pagar um bilhete de 22 euros) e gerar receitas na ordem dos 14,5 milhões de euros por ano, metade das quais deverão ser lucro. "É neste momento o projeto principal do concelho, porque é gerador de desenvolvimento turístico.

 O fluxo de visitantes vai mexer com a economia local, que está muito parada, e essas expetativas estão já a atrair o interesse de outros investidores ligados à hotelaria e à restauração", afirmou o autarca.

 O projeto está previsto para 38 dos 68 hectares da Quinta do Falcão, uma zona agrícola junto ao estádio municipal e ao kartódromo, cujos terrenos utilizados até agora no cultivo de vinha e de pomares estão em zona agroflorestal, reserva agrícola e reserva ecológica nacionais. Neste sentido, a assembleia municipal vai ter de dar interesse municipal ao projeto e a câmara está a avançar com os procedimentos necessários a uma alteração ao Plano Diretor Municipal para autorizar a construção naquela zona. Logo que o projeto definitivo seja aprovado pela câmara, os promotores têm um prazo de 12 a 18 meses para construir. 


* Não há agricultura que resista à ganância autárquica. 


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