HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Passos confia no ministro Miguel Relvas
Passos Coelho defende atuação do SIRP
e rejeita favorecimento de pessoas próximas
de Jorge Silva Carvalho.
O primeiro-ministro considerou sem fundamento rumores sobre estreitas ligações entre o ministro Miguel Relvas e o ex-diretor do SIED Jorge Silva Carvalho e reiterou a confiança no secretário-geral dos Serviços de Informações da República Portuguesa (SIRP).
As posições de Pedro Passos Coelho, em que reitera a confiança política no ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, assim como em Júlio Pereira, fazem parte das respostas que deu a 12 questões que lhe foram formuladas pelo PCP sobre a situação das secretas em Portugal.
Interrogado se tenciona manter em funções o ministro Miguel Relvas, o líder do executivo, através do seu chefe de gabinete, Francisco Ribeiro de Menezes, responde com um claro 'sim',
Já quando o PCP questiona Passos Coelho com hipotéticas estreitas ligações entre Miguel Relvas, enquanto dirigente do PSD, e o ex-diretor do Serviços de Informações Estratégicas (SIED) Jorge Silva Carvalho, a resposta foi igualmente objetiva: 'Também a este propósito, o primeiro-ministro se expressou no sentido de não ter conhecimento da existência de um tal tipo de relacionamento, de resto negado pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, carecendo portanto de fundamento a pergunta formulada',
Na série de 12 perguntas, o PCP questionou também o primeiro-ministro se mantém a confiança política em Júlio Pereira e nos atuais diretores dos serviços de informações.
Neste ponto, Pedro Passos Coelho refere que já teve a ocasião de reiterar 'publicamente a sua confiança no secretário-geral do SIRP, confiança essa que se estende aos diretores dos serviços no cumprimento das suas funções',
Na resposta enviada ao Parlamento, assinada pelo chefe de gabinete do primeiro-ministro, Francisco Ribeiro de Menezes, nega-se que Jorge Silva Carvalho tenha sido convidado pelo PSD para diretor do SIRP e que se desconhece que este ex-diretor do SIED tenha colaborado no programa eleitoral do PSD em matéria de serviços de informação.
O primeiro-ministro defende ainda a atuação do SIRP na investigação de ilegalidades nas secretas, salientando que já houve exonerações, e nega favorecimento a elementos próximos do ex-diretor do SIED Jorge Silva Carvalho.
O líder do executivo sustenta que é incorreto afirmar que ainda não foram tomadas medidas face a ilegalidades cometidas no SIED no tempo em que teve como diretor Jorge Silva Carvalho, agora constituído arguido, e no período imediatamente a seguir, quando este transitou para o grupo «Ongoing».
Confrontado pelo PCP com suspeitas de desvio de informações do SIED para entidades privadas, Pedro Passos Coelho, através do seu chefe de gabinete, refere que 'dos inquéritos internos e da sindicância conduzidos pelo secretário-geral dos Serviços de Informações da República Portuguesa (SIRP) [Júlio Pereira] foram retiradas as devidas consequências, o que conduziu desde logo à exoneração do responsável pelo departamento de operações do serviço e, numa fase subsequente, à exoneração da restante estrutura dirigente daquele departamento',
Pedro Passos Coelho justifica depois o motivo pelo qual aquele procedimento interno não teve um alcance maior em termos de consequências.
'Por tais ações se revestirem de natureza meramente administrativa, não foi possível proceder ao cabal esclarecimento de todas as questões suscitadas', ou seja, 'o apuramento dos factos exigiu outras diligências que só poderiam ser efetuadas no âmbito do processo criminal', razão pela qual Júlio Pereira 'solicitou ainda antes do encerramento dos inquéritos administrativos a intervenção do Ministério Público', refere a nota do primeiro-ministro.
* Falou "A VOZ DO DONO"
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