19/05/2012

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 GRIFON
        NIVERNAIS



 



Classificação F.C.I.: Grupo 6 Sabujos Farejadores e Raças Assemelhadas Seção 1.2 Sabujos Farejadores de Tamanho Médio 
Padrão FCI nº 17 02 de abril de 2004. 
País de origem: França 
Nome no país de origem: Griffon Nivernais 
Utilização: Cão de faro, utilizado, principalmente na caça ao javali, geralmente em matilha, mas também individualmente. Sujeito à prova de trabalho para campeonato internacional

RESUMO HISTÓRICO: o Griffon Nivernais descende dos cães segusianos utilizados pelos Gauleses e dos Cães Cinzas de Saint Louis. Este cão foi muito apreciado durante 200 anos, até o reinado de Luis XI, depois foi abandonado das matilhas reais, por Francisco I, que preferia cães brancos. Porém, alguns fi dalgos de Nivernais os mantiveram até a revolução francesa onde a raça parecia ter desaparecido. Um século mais tarde, o Griffon Nivernais, chamado, muitas vezes de “cães do país” foi recriado a partir de cães conservados, todavia, no berço da raça. Ao fi nal do século XIX e no início do século XX, esses cães receberam sangue de Vendéen, de Foxhound e depois de Otterhound para chegar à raça que conhecemos hoje. O clube foi criado em 1925. 

APARÊNCIA GERAL: com uma pelagem dura e emaranhada (em francês “Barbouillaud”) bem típico, robusto, muito rústico e de pêlo duro (hirsuto). Membros e músculos secos, destinados a fornecer mais capacidade no trabalho do que na velocidade. De aspecto um pouco triste mas não medroso. 

PROPORÇÕES IMPORTANTES: o comprimento do corpo (escápuloisquial) é ligeiramente superior à altura na cernelha. O crânio e o focinho são do mesmo comprimento. 

COMPORTAMENTO/TEMPERAMENTO  
Comportamento: cão com um faro muito bom, penetrante, principalmente em terrenos difíceis e cerrados. · Temperamento: excelente para se aproximar da caça, muito bom caçador, corajoso sem ser medroso. Sua coragem e seu espírito de iniciativa permitem que ele seja utilizado, com sucesso, em pequenas matilhas para caça ao javali. Apesar de poder treiná-lo facilmente, as vezes demonstra ser obstinado e independente, dessa forma, seu dono deverá fazê-lo obedecer desde a idade mais jovem. 

CABEÇA 
Região Craniana: muito seca, leve sem ser pequena, um pouco longa sem excesso. As linhas do crânio e do focinho são paralelos. 
Crânio: quase plano, de largura mediana, as laterais são defi nidas pelas arcadas zigomáticas ligeiramente pronunciadas. A crista occipital é só perceptível quando tocada. 
Stop: ligeiramente marcado, parecendo mais aumentado quando os pêlos se levantam, mas sem exagero. 

Região Facial 
Trufa: preta, bem marcada. 
Focinho: do mesmo comprimento que o crânio, sem ser largo em sua extremidade; suas faces convergem ligeiramente, mas não a ponto de ser pontudo. Um pouco de barba no queixo. 
Lábios: pouco desenvolvidos, cobrem a mandíbula. São cobertos pelos bigodes, bem pigmentados. 
Maxilares/Dentes: maxilares de aspecto robusto, normalmente desenvolvidos. Articulados em tesoura, às vezes em torquês. Incisivos inseridos em ângulo reto em relação aos maxilares. Dentição completa (os PM1 não são levados em consideração). 
Olhos: de preferência escuros. Olhar vivo e penetrante. Supercílios pronunciados mas sem cobrir os olhos. Conjuntiva não aparente. As pálpebras são bem pigmentadas. 
Orelhas: de inserção mediana (mais ou menos 3 cm de largura), nivelada à linha superior dos olhos, caídas,  
flexíveis, mais para finas, de largura média, ligeiramente viradas para dentro nas suas extremidades, bastante peludas, semilargas, atingindo a raiz da trufa. 

PESCOÇO:de preferência leve, seco e sem barbelas.  

TRONCO 
Linha superior: reta, da cernelha ao lombo. 
Cernelha: levemente acima da linha do dorso e estreita devido a aproximação das pontas da escápula. Une-se harmoniosamente ao pescoço. 
Dorso: sólido e bastante longo, preferencialmente estreito e firme, com uma boa musculatura, mesmo que seja pouco aparente. 
Lombo: sólido, ligeiramente arqueado. 
Garupa: ossuda, ligeiramente oblíqua, com músculos secos. Peito: o mais descido possível até os cotovelos. O antepeito é pouco desenvolvido na largura. 
Caixa torácica: longa e alargando em direção às últimas costelas. 
Costelas: as primeiras são um pouco mais planas; as últimas mais arredondadas. 
Flancos: cheios, sem excesso. 
Linha inferior: ligeiramente elevado para trás mas não esgalgado. 

CAUDA: de inserção um pouco alta, não muito longa. Mais peluda no meio. Em repouso, é portada ligeiramente abaixo da horizontal; em ação, é portada em forma de sabre, para o alto e pode curvarse sobre o sorso em sua extremidade.

MEMBROS 
ANTERIORES 
Vistos em conjunto: bons aprumos. Geralmente e em repouso, os membros anteriores, vistos de perfil, parecem um pouco atrás da vertical (debaixo do cão, visto de frente). Ombros: ligeiramente inclinados, secos, bem justos ao tórax. 
Cotovelos: bem aderentes ao corpo. 
Antebraços: parecem mais fortes por causa do pêlo, mas na realidade são mais secos que grossos e bem retos. Metacarpos: mais curtos e ligeiramente inclinados. 
POSTERIORES: 
Vistos em conjunto: de perfil, ligeiramente abaixo do cão. Vistos por trás: a linha vertical parte da ponta da nádega devendo passar pela ponta do jarrete dividindo o metatarso igualmente. 
Coxas: mais para planas. 
Jarretes: descidos. Vistos de perfil, o ângulo do jarrete é ligeiramente fechado.
Metatarsos: um pouco direcionados para a frente (ligeiramente abaixo do cão, vistos por trás). 
PATAS: de forma oval, ligeiramente alongadas, com dedos sólidos e fechados, lembrando os pés de lebre; com uma boa pigmentação das unhas e almofadas. 

MOVIMENTAÇÃO: flexível e fácil (nem irregular ne saltitante). O cão cobre bastante terreno. 

PELE: flexível e aderente, bem aplicada sobre todo o corpo, bastante espessa, pigmentada. Manchas pretas sobre o corpo, lábios bem pigmentados, sem barbelas. 
PELAGEM  
Pêlo: longo, hirsuto e espesso, bastante forte e duro (nem lanoso, nem crespo). O ventre e o interior das coxas não devem ser destituídos de pêlos. As sobrancelhas bem pronunciadas, não encobrem os olhos. Um pouco de barba no queixo e as orelhas bastante peludas. 
COR: sempre encarvoado; quer dizer, que a extremidade do pêlo é sempre mais escura que a base (encarvoada). 
O fulvo pode ser mais ou menos escuro, mas jamais laranja. A extremidade encarvoada pode ser azulada. 
A intensidade do tom escuro na extremidade do pêlo é que dará o aspecto de mais claro ou mais escuro da pelagem. A presença de pêlos brancos disseminados, em maior ou menor quantidade na pelagem, é tolerada e formam nuanças que vão do cinza claro ao cinza escuro, passando pelo cinza javali. 
O pêlo é mais freqüentemente marcado de fulvo no nível das sobrancelhas, nas bochechas, no tórax, nas extremidades dos membros e sob a cauda. Esta característica, muito visível nos fi lhotes, se atenua com a idade. 
O pêlo é caracterizado por uma cor de base, a propagação dos pêlos encarvoados e a possível associação com os escassos pêlos brancos. Se descreve, por exemplo, “fulvo ligeiramente encarvoado” (pêlo de lebrél), “sable encarvoado” (cinza lobo) e o “fulvo encarvoado de azul” (cinza azulado). Tolerase uma mancha branca no peito. 

TAMANHO 
Altura na cernelha: 
Machos: 55 a 62 cm 
Fêmeas: 53 a 60 cm 

NOTAS: · os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

IN "CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA"

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