09/04/2012



HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

'Suicídio é realidade crescente 
emPortugal '
Leal da Costa abordou também os problemas
. relacionados com o consumo
 de álcool e tabaco entre os jovens portugueses

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou que o suicídio é um 'problema de saúde pública', e uma 'realidade crescente', em Portugal, que necessita de medidas prioritárias para o combater. Apesar do suicídio ter variações regionais e ainda não ter a dimensão tão elevada como noutros países, nomeadamente do Norte da Europa, Leal da Costa afirmou que 'é uma realidade crescente em Portugal, nomeadamente o suicídio de idosos que se prende claramente com circunstâncias que têm a ver com o abandono social e com condições mais difíceis de sobrevivência', 'Há duas razões pelas quais nós estamos a ter uma maior mortalidade registada por suicídio: uma delas é que temos a noção clara de que o suicídio é um problema de saúde pública em Portugal', salientou Fernando Leal da Costa.
Para combater a solidão dos idosos, foi criado pelo Ministério da Saúde e pelas estruturas da Segurança Social um programa de acompanhamento e ainda este ano será lançado o plano para prevenir os suicídios em Portugal, na sequência do aumento esperado de depressões devido à crise. 'Esta situação leva-nos a pensar que temos de inventar outras medidas e temos um plano nacional de prevenção de suicídio que está neste momento a ser ultimado e isso para nós é muito prioritário', frisou o secretário de estado.
Leal da Costa ressalvou que o aumento do número de suicídios também pode ser atribuído a um maior registo do suicídio como causa de morte nas certidões de óbito. 'Nós sabemos desde há muitos anos que o suicídio em Portugal, como em outros países da Europa, está subnotificado, muitas vezes por circunstâncias relacionadas com algum risco de estigmatização social e até com condições específicas das apólices de seguro de vida', explicou, acrescentando que este é um aspeto que tem de ser melhorado: 'Nós temos de ter uma noção mais precisa da realidade para poder combatê-la',
Questionado sobre se com a crise se pode haver um aumento das taxas de suicídio, o secretário de Estado afirmou que, 'em todas as circunstâncias de maior crise económica ou financeira, com o aumento do desemprego, aumento de situações de maior dificuldade social, individual e familiar, é possível e imaginável que isso aconteça',
Os dados da base Pordata mais recentes indicam que 1.098 pessoas se suicidaram em 2010, mais 84 do que no ano anterior.
Noutro sentido, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou que tem 'falhado tudo', para desincentivar os jovens do consumo de álcool e defendeu a realização de uma campanha que envolva a escola, a família e os serviços de saúde. Segundo um estudo do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), 37,3 por cento dos alunos com 13 anos já experimentou beber álcool, número que sobe para 90,8 por cento nos jovens com 18 anos.
'Falha não haver uma noção concreta por parte das pessoas de que o álcool é uma substância perigosa, em particular nos jovens, não só pelos efeitos imediatos, mas também pelos efeitos a longo prazo. Há aqui uma campanha de educação e de informação que temos de fazer e o sinal de proibição de venda de álcool a menores de 18 anos vai nesse sentido', defendeu Fernando Leal da Costa.
Em relação à luta contra o consumo de tabaco entre os jovens, Leal da Costa anunciou que o Governo está a estudar medidas para reduzir a oferta do tabaco, restringindo a sua venda a locais próprios, criar condições para que mais fumadores desistam do vício e evitar que mais jovens comecem a fumar. Uma das medidas em cima da mesa é o fim das máquinas de venda automática, mas Fernando Leal da Costa lembrou que estes aparelhos 'têm problemas específicos que obrigam a uma abordagem específica'.


* O suicídio é um problema de saúde pública provocado por uma súbita agudização da insanidade governativa.
O problema específico das máquinas de venda  automática de tabaco é que vendem a morte aos pacotinhos !!


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