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Importação de eletricidade
aumentou 250% na sequência da seca
A importação comercial de eletricidade aumentou em Portugal mais de 250% no primeiro trimestre do ano, face à diminuição da produção hídrica, fruto da seca.
Segundo o relatório das Redes Energéticas Nacionais (REN) sobre a produção acumulada de eletricidade, a quebra total na hídrica ultrapassou, no primeiro trimestre, os 75,4%, enquanto que a produção a partir de centrais térmicas aumentou 32,5%.
Só a Central Térmica do Pego viu a sua produção aumentar, entre janeiro e março, mais de 476%, enquanto que Sines subiu 161,7%.
No que toca ao saldo importador, a contabilidade feita pela REN estabelece um aumento de 250,1% na importação comercial de eletricidade, sendo que a exportação caiu, no mesmo período, 91,6%.
Enquanto nos três primeiros meses do ano passado Portugal importou apenas 691 megawatts (MW) de eletricidade, em igual período de 2012 esse valor ascendeu a 2420 MW.
Em termos de exportação, o país só conseguiu exportar, até agora, 66 MW, quando entre janeiro e março de 2011 já somava 785 MW.
Em compensação, a produção em barragens com bombagem, em que a falta de água acumulada nas albufeiras não se coloca da mesma forma que nas restantes, aumentou, este ano, 199%.
Já a barragem do Alto-Lindoso, em Ponte da Barca, é uma das que apresenta um dos mais reduzidos valores de armazenamento de água, a apenas 30% da capacidade.
Trata-se de uma das mais importantes barragens nacionais, pela sua capacidade de produção, mas que esta terça-feira tinha apenas 117 milhões de metros cúbicos de água armazenada (para um máximo de 390 milhões), a caminho de mínimos históricos, que se situam nos 114 milhões de metros cúbicos.
* A falta de água transforma-se na cadeira eléctrica da nossa economia.
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