20/02/2012



HOJE NO
"PÚBLICO"

Taxa de desemprego que ronda os 35%
Relvas não apresentou propostas aos parceiros sociais sobre o desemprego jovem

O ministro Miguel Relvas e 12 secretários de Estado reuniram-se esta manhã com os parceiros sociais apenas para os ouvir sobre o desemprego jovem. Nenhum documento do Governo foi apresentado.

A reunião foi anunciada como sendo uma iniciativa do Governo para debater soluções para os jovens desempregados, ficando Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, como coordenador da nova Comissão Interministerial de Criação de Emprego e Formação Jovem. Os dados mais recentes do INE apontam para um agravamento da situação do desemprego entre os jovens, tendo a taxa de desemprego entre os jovens ultrapassado, no final de 2011, os 35%.

Mas – tal como informou Miguel Relvas nas reuniões – a iniciativa da reunião com os parceiros sociais surge em resposta ao pedido do presidente da Comissão Europeia para auscultar confederações sindicais e patronais sobre o desemprego dos jovens. O Governo português espera poder enviar esta semana as propostas dos parceiros sociais, com vista a preparar o Conselho Europeu de 2 de Março.

Durante a reunião com a delegação da CGTP, os membros do Governo mal se pronunciaram sobre o problema. A intenção era mais ouvir. A CGTP criticou a política macroeconómica seguida, com os sucessivos pacotes de austeridade e o acordo tripartido recentemente assinado com a UGT, que está a contribuir para o agravamento do desemprego e não para a criação de postos de trabalho. Por isso, foi pedido a sua revogação.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, não poupou críticas ao Executivo e acusou o ministro Miguel Relvas de estar a “tentar iludir a opinião pública para dar ideia que está preocupado com o desemprego juvenil quando, na prática, as políticas que estão a ser seguidas, não só não criam emprego, como destroem emprego e são responsáveis pelo número elevadíssimo de desempregados”.

Quando a medidas, a CGTP propôs um combate à precariedade e aos falsos recibos verdes, o lançamento de uma campanha para atacar os postos de trabalho precários em funções permanentes, o reforço da protecção dos desempregados. Para as micro e PME, a central sindical adiantou uma linha de financiamento através da CGD, a redução dos custos de contexto e uma maior atenção e protecção a estas empresas que, segundo o secretário-geral Arménio Carlos, “estão a ser esmagadas pelos grupos económicos”.

Dada a ausência de propostas por parte do Governo, a reunião foi encarada pela CGTP como uma “manobra de diversão”. “É uma manobra de propaganda pura e dura”, afirmou Arménio Carlos no final de um encontro.


* Para auscultar eram muitos auscultadores, 13, tal como na última ceia, é assim que o governo gasta tempo e dinheiro aos contribuintes, a auscultar para fingir coisa nenhuma, como diria Catroga pin..lhices.

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