ESTA SEMANA NO
" VIDA ECONÓMICA"
ANTÓNIO MARQUES,
PRESIDENTE DA AI MINHO, ALERTA
Dívidas do Estado às empresas
conduzem ao cataclismo social
"Se o Estado não pagar urgentemente o que deve às empresas ,vamos ter um cataclismo social na região do Minho" - afirmou António Marques. O presidente da AI Minho considera que os atrasos de pagamento do Governo e das autarquias às empresas estão a precipitar as insolvências. O Governo Regional da Madeira tem uma dívida de 20 milhões de euros a uma empresa na região. A rutura de tesouraria provocada pelas dívidas do Estado é comum à maioria das empresas da construção, impossibilitando o pagamento a fornecedores e aos próprios trabalhadores. António Marques alerta para o facto de o setor da construção representar 25% a 30% do PIB na região do Minho. Ao caírem empresas que são viáveis, agrava-se o desemprego, excluindo as pessoas e diminuindo o dinheiro de que dispõem para movimentar a economia.
"É urgente dotar a economia de liquidez" - afirma António Marques. Atualmente, o Estado e as empresas públicas estão a absorver o dinheiro que devia estar disponível para as empresas.
O Governo chegou a anunciar que ia utilizar o dinheiro proveniente dos fundos de pensões dos bancários que acabam de ser entregues ao Estado para regularizar as dívidas aos fornecedores, mas a "troika" ainda não autorizou que esse recursos fossem utilizados para os pagamentos em atraso.
TSU deve descer
António Marques lamenta a situação a que o país chegou devido às políticas públicas erradas.
Para inverter a atual situação, o presidente da AI Minho defende que o país se torne competitivo, através do relançamento da economia. Para isso, será necessário que o Estado ponha a sua máquina a ajudar o setor produtivo.
O acordo de Concertação Social é considerado positivo, mas António Marques considera indispensável a descida da TSU, conforme prevê o acordo com a "troika".
As empresas estão também a ser confrontadas com o aumento dos custos de energia de 15% a 25%, o que se deve ao sentido errado das políticas públicas.
Para António Marques, é necessário reduzir a carga fiscal sobre as empresas e aplicar o regime do pagamento do IVA com o recibo, evitando que os operadores económicos sejam obrigados a adiantar ao Estado o valor do IVA que ainda não receberam.
* O Estado cobra à cabeça e para pagar vira as costas.
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