HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Directora-geral do Orçamento recusa explicar demissão no Parlamento
Maria Eugénia Pires não está disponível para prestar esclarecimentos no Parlamento.
A directora-geral do Orçamento que se demitiu no início desta semana, como avançou ontem o Económico, disse hoje à TSF não estar disponível para prestar esclarecimentos sobre a sua saída na Assembleia da República.
O PS pediu a presença da responsável no Parlamento com o objectivo de "apurar as razões que a levaram a tomar essa decisão", no entanto, Maria Eugénia Pires disse hoje à TSF que considera que a sua saída "não se trata de um assunto de interesse público" e diz que a "alternância é, não apenas normal, mas também salutar".
Ontem, no final da manhã, o Económico avançou que a directora-geral do Orçamento apresentou a sua demissão ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar, por discordância com algumas das políticas orçamentais seguidas pelo actual Governo.
Numa curta nota emitida em seu nome pelo Ministério das Finanças, já no final do dia, Maria Eugénia Pires escreve que "o fim do ano marca o fecho do ciclo da execução orçamental de 2011 e o fim da preparação do ano de 2012" e "é por isso o momento oportuno para efectivar a minha saída da DGO, que estava a ser ponderada há já algum tempo".
No mesmo documento a governante conta que a sua carta de demissão "não invocava nenhumas discordâncias com as opções de política orçamental adoptadas pelo Governo".
No entanto, o Económico apurou que, quando se despediu da sua equipa, Maria Eugénia Pires disse: "Não estão reunidas as condições para continuar", dando sinais de alguma discordância, nomeadamente no que diz respeito ao fim do sistema implementado pelo ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que impunha um controlo trimestral da despesa pública, visando o cumprimento do défice.
Recorde-se que Maria Eugénia Pires foi o nome escolhido o ano passado por Teixeira dos Santos para substituir Luís Morais Sarmento no cargo de director geral do Orçamento. Morais Sarmento que, neste governo de coligação PSD/CDS, foi nomeado secretário de Estado do Orçamento.
* Está-se mesmo a ver que a ex-directora tem mais que fazer do que aturar politiqueirices.
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