HOJE NO
"DESTAK"
Estudo detecta mais de 500 postos
de venda de cópias ilegais
Um estudo sobre o setor da edição e das livrarias e sobre o impacto económico da pirataria detetou “mais de 500 postos de venda de cópias ilegais de livros”, disse à Lusa o coordenador do projeto, Pedro Dionísio.
O estudo, ainda em curso e com dados preliminares, é apresentado hoje à tarde pelo catedrático Pedro Dionísio no I Congresso do Livro, que decorre na Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores.
Pedro Dionísio, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa (ISCTE), coordena com Maria do Carmo Leal este estudo sobre o setor da edição e das livrarias e sobre o impacto económico da pirataria, encomendado no âmbito das iniciativas desenvolvidas pela Comissão Contra a Cópia Ilegal, criada este ano na Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
“O estudo está em curso, só terminará no final do ano, e as conclusões definitivas serão apresentadas em janeiro próximo”, disse Pedro Dionísio.
Citando dados provisórios, o especialista afirmou que “no ensino superior há uma média de dois livros fotocopiados por cada livro comprado”.
Pedro Dionísio sublinhou à Lusa “o efeito pernicioso no mercado” desta prática.
“Tem várias implicações, desde logo faz com que seja reduzido o número de exemplares por edição e consequentemente os preços sobem e muitas edições começam a não ser feitas, pois o mercado torna-se muito restrito”, explicou.
Segundo Pedro Dionísio, “a cópia tem vindo a sofisticar-se, havendo muitos locais de cópia organizada, com os livros totalmente digitalizados num ficheiro que é pedido de acordo com a disciplina e o livro [cópia ilegal] sai”, contou.
Pedro Dionísio, doutorado em Gestão, com especialização em Marketing pelos HEC de Paris-Dauphine, referiu ainda que o mercado do livro “é muito pulverizado”.
“Existem muitos canais de venda de livros para além dos especializados e a venda direta. Vendem-se livros nos grandes supermercados, postos de abastecimento de combustíveis, lojas de animais, estações de correios, etc.”, referenciou.
No auditório de Ramo Grande, na Praia Vitória, começa hoje o I Congresso do Livro, organizado pela APEL, em que participará na sessão de encerramento, no sábado à tarde, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.
* Há muito "xicoesperto" português que faz estas falcatruas e ainda se queixa dum governo que não o pune.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário