Manifesto de Breivik: cerca de 11 mil “traidores”
portugueses deveriam morrer
No manifesto de 1500 páginas atribuído a Anders Behring Breivik, o norueguês fala em campanhas de “ataque decisivo” com antraz que deveriam ter como alvo cerca de 11 mil “traidores” em Portugal (10.807). Na Alemanha esse número de traidores identificado ascenderia aos 82.820.
“Se conseguirmos estabelecer um laboratório na Europa e se conseguirmos o equipamento adequado, seremos capazes de lançar uma campanha de ataque decisivo. Esta operação irá envolver pelo menos 21 indivíduos (dependendo de já termos ou não a quantidade necessária de antraz) e irá requerer uma lista completa dos traidores de categoria A e B (o autor não explica a diferença entre uns e outros)”. Para levar a cabo a tarefa, Breivik estimava que seriam precisos “entre um a dois gramas de antraz por pessoa”, que seriam expostas a esta substância letal através de cartas.
No extenso documento, Portugal (identificado como tendo uma população muçulmana variando entre os 5 e os 7 por cento) é assinalado globalmente como um país de “prioridade moderada” nos ataques anti-islâmicos, ao contrário de países como França e Alemanha, que são classificados como tendo prioridade “muito alta”.
O autor indicava anteriormente, numa tabela, a percentagem de população muçulmana existente em Portugal em 2009 (2% - 3%) e projectava a sua evolução para os anos 2030 (8%), 2005 (16%) e 2070 (32%).
Às tantas o autor refere-se a Durão Barroso. Quando se propõe a enumerar dez razões para o fim da União Europeia acaba, num dos pontos, a criticar o ex-primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, que escolheu ser secretário-geral da NATO em vez de continuar no seu posto. E depois acrescenta: “Uma coisa semelhante aconteceu em Portugal, onde o primeiro-ministro [Durão Barroso] respondeu aos apelos dos líderes da Alemanha e da França e não ao seu próprio eleitorado”.
Mais à frente, Durão Barroso é nomeado directamente, numa passagem da autoria de um Fjordman. “Em Maio de 2008, o Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que o Islão faz parte da Europa e condenou o conceito de choque de civilizações. ‘O Islão faz parte da Europa. É importante percebermos isto. Não devemos ver o Islão como algo de fora da Europa. Já temos uma importante presença do Islão e de muçulmanos entre os nossos cidadãos’, disse Barroso numa conferência de imprensa. (...) Eu acho isto especialmente triste uma vez que Barroso, antes de se tornar no líder não eleito da UE, era primeiro-ministro de Portugal, um país que esteve durante séculos sob o jugo islâmico. Será que os Portugueses sentem a falta do seu estatuto de dhimmis [pessoas não-muçulmanas que vivem num país governado pela lei islâmica]?”
Adiante, o autor elabora uma tabela em que indica, por país, o grau de doutrinação a que estão sujeitos os seus cidadãos em termos de multiculturalismo. Eslováquia e Eslovénia estão no topo desta tabela que vai de 1 a 90. Portugal aparece mais ou menos a meio, com 40.
Numa parte consagrada à identificação dos partidos políticos dos diferentes países que apoiam o multiculturalismo, o autor refere as seguintes formações portuguesas que apoiarão os “marxistas culturais, os humanistas suicidas e os capitalistas globalizados”: Partido Socialista, Partido Social-Democrata, Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista "Os Verdes". Todos estes partidos estão correctamente identificados com os nomes em Português e respectiva tradução para inglês.
Mais à frente o autor enumera também os partidos portugueses nacionalistas ou “contra-imigração”: Centro Democrático e Social - Partido Popular (identificado como “moderado”), Partido Nacional Renovador, Frente Nacional (identificado como micro-partido radical), Partido Popular Monárquico e Partido da Nova Democracia.
* O povo norueguês não merecia esta tragédia
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