26/06/2011

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ainda socratices
Crise internacional. 
Apenas 1,3% do défice português é conjuntural
A crise internacional teve impacto diferente em cada país. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) calculou ontem que, em média, a conjuntura custou 2,2 pontos percentuais ao défice de 2010 em 29 dos países que a compõem - países esses que fecharam o ano passado com um défice médio de 3,4% do produto interno bruto (PIB). Já Portugal, dizem os números da OCDE, apesar de ter sofrido menos com o factor cíclico - que teve um impacto de 1,9 pontos no défice -, registou um dos maiores défices estruturais entre os países da OCDE.
Segundo o quadro ontem publicado por esta organização no capítulo dedicado a Portugal do estudo "Panorama da governação: 2011", dos 9,1% de défice de Portugal apenas 1,3% se deveram ao factor cíclico, um dos valores mais baixos entre os 29 países considerados - que incluem os da zona euro, os Estados Unidos, a Austrália, o Canadá, Israel ou a Coreia do Sul. Já na estrutura da economia portuguesa, esta foi responsável pelos restantes 7,8% de défice, o terceiro pior registo estrutural dos países considerados.
Na Irlanda e na Grécia, os companheiros de Portugal no pedido de ajuda ao FMI, os valores são algo diferentes dos portugueses. O défice cíclico da Irlanda foi de 25% - já que foi provocado pela queda abrupta de quase todo o sector bancário, um evento não recorrente -, ao passo que o défice estrutural foi de 7,4%. Já na Grécia, o impacto da conjuntura custou 3,9% para um défice de estrutura na economia grega de 6,5%.
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os amigalhaços do império do betão
Estudo entregue à troika 
propõe fecho de 800 km de linha férrea
Documento feito, à revelia da Refer, pelo anterior Governo do PS deixa a rede ferroviária circunscrita basicamente ao eixo Braga-Faro, Beira Alta e Beira Baixa. Restantes linhas seriam amputadas ou desapareceriam.
A concretizar-se, será uma razia idêntica à do fim dos anos de 1980, quando Portugal encerrou 800 quilómetros de linhas de caminho-de-ferro, sobretudo no Alentejo e em Trás-os-Montes. O Governo de José Sócrates propôs à troika o encerramento de 794 quilómetros de vias-férreas, também com particular incidência no Norte e no Alentejo, mas desta vez incluindo algumas linhas do litoral, como a própria Linha do Oeste, que seria encerrada entre Louriçal e Torres Vedras (127 quilómetros).
O estudo foi realizado, à revelia da Refer, por uma equipa conjunta do Ministério das Finanças e do Ministério das Obras Públicas e Transportes. E consolida o fim das linhas que até agora estavam encerradas "provisoriamente" à espera de obras de modernização (Corgo, Tâmega, Tua e troços Figueira da Foz-Pampilhosa e Guarda-Covilhã, num total de 192 quilómetros). Inclui também a Linha do Douro, entre Régua e Pocinho (68 quilómetros), a Linha do Leste entre Abrantes e Elvas (130 quilómetros), a Linha do Vouga (96 quilómetros), o ramal de Cáceres (65 quilómetros), a Linha do Alentejo entre Casa Branca e Ourique (116 quilómetros). Esta última deixaria Beja sem comboios, apesar de, neste momento, a CP estar a preparar uma oferta especial desta cidade aos Intercidades de Évora.
O documento foi apresentado à troika como uma medida eficaz de redução da despesa pública, uma vez que tem um forte impacto simultâneo nas contas da Refer e da CP. Na primeira empresa reduz custos de manutenção e de exploração e na segunda permite-lhe acabar com o serviço regional onde este é mais deficitário (embora nalgumas linhas a abater exista um significativo tráfego de mercadorias).
"PÚBLICO

verdadeira inteligência aplicada
'Fascínio tecnológico' na Saúde deve ser combatido
A ideia de que a medicina é tecnologia «encareceu de modo brutal» a actividade, «sem benefícios claros nos resultados e com aumento do sofrimento do doente», muitas vezes devido a exames desagradáveis e dolorosos.
«Só depois de bem orientada a recolha de dados clínicos, decidimos se é necessário pedir outros exames [como raio-X, TAC, ressonância magnética, etc.]», salienta António Martins Baptista, especialista em medicina interna.
É frequente ver doentes «com sacos cheios de exames» feitos noutras especialidades e só um internista encontra uma razão para os sintomas. «Ouvimos as queixas, fazemos o exame físico e integramos toda aquela informação que o doente traz. O conjunto permite fazer um diagnóstico a que ainda ninguém tinha chegado», conta o especialista, ao SOL.
O médico privilegia a história clínica e o exame físico, mais do que análises ao sangue e outros exames, como os «de imagem». Aliás, a sua ferramenta de trabalho mais valiosa é a «sabedoria médica», aliada à empatia para com o doente, ao tempo que lhe dedica, às suas mãos e a um simples estetoscópio. Por isso, no momento em que a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) comemora 60 anos, Martins Baptista reforça que se deve combater «o fascínio tecnológico dos profissionais de Saúde e dos doentes».
O presidente da SPMI acredita que um internista é, por isso, um médico do doente na sua globalidade e não da doença, «não do rim ou do coração, não do jovem ou do idoso». Razão que o levou a optar por esta que é a especialidade de Dr. House e que considera ser exactamente a especialidade do diagnóstico – «a actividade mais nobre da profissão».
"SOL"

sexto da europa é uma feito
João Pereira em 6.º lugar nos Europeus
prova ganha pelo britânico Alistair Brownlee
João Pereira, no sexto lugar dos Europeus de triatlo, foi este sábado o melhor representante português em Pontevedra, na prova ganha pelo britânico Alistair Brownlee, em 1:48.48 horas, oito segundos mais rápido que o irmão, Jonathan Brownlee.
Os outros portugueses melhor colocados foram Bruno Pais e Duarte Marques, respetivamente no 16.º e no 19.º lugares, enquanto o russo Dmitry Polyansky completou o pódio, 1.22 minutos atrás do novo campeão.
Miguel Arraiolos, vítima de queda no setor de ciclismo, não terminou a prova, tal como João Silva, que abandonou em dificuldades físicas, já no percurso de atletismo.
O campeão do Mundo, o galego Javier Gomez, a correr em casa, ficou-se pela 40.º posição.
"RECORD"

 alerta máximo
Diabetes mais que duplicou em 30 anos
Estudo publicado na revista 'Lancet' revela que existem 347 milhões de diabéticos no mundo
O número de adultos com diabetes em todo o mundo mais do que duplicou desde 1980 para 347 milhões, revela um estudo publicado na revista "Lancet" que atribui a situação ao envelhecimento da população e expansão do problema da obesidade.
O estudo, que contou com o apoio da Fundação Bill & Melinda Gates e da Organização Mundial de Saúde, consistiu na análise de mais de 150 inquéritos de saúde e pesquisas sobre o tipo 2 de diabetes em adultos com mais de 25 anos de 199 países e territórios e no cálculo do número de casos noutros 92 países.
Segundo esta pesquisa, existem 347 milhões de diabéticos no mundo face aos 153 milhões que existiam em 1980, sendo que 138 milhões vivem na China e na Índia e outros 36 milhões nos Estados Unidos e Rússia. Um outro estudo indicava que existia em 2010 um total de 285 milhões de diabéticos.
Problema global
Os investigadores consideram que a doença já não está limitada aos países desenvolvidos, mas que é agora um problema global.
Cabo Verde, ilhas Samoa, Arábia Saudita, Papua Nova Guiné e Estados Unidos são os países onde a doença se expandiu mais rapidamente nos últimos 30 anos, revela a pesquisa, segundo a qual o aumento do número de diabéticos está essencialmente relacionado com o envelhecimento da população - a doença afeta normalmente as pessoas com meia-idade - e aumento das taxas de obesidade.
"Os diabetes poderão bem tornar-se no principal problema de saúde da próxima década", disse um dos autores do estudo, Majid Ezzati, da Imperial College de Londres.
Este investigador realçou que os números ainda não incluem as gerações de crianças obesas e jovens adultos predispostos a desenvolver a doença, o que elevará a sua incidência, podendo criar uma sobrecarga dos sistemas de saúde.
"Ainda não atingimos o pico desta onda", afirmou Ezzati ao sublinhar que, "ao contrário da tensão alta e do colesterol, ainda não temos bons tratamentos para os diabetes".
"EXPRESSO"

com eles (ovários) no sítio
Mulheres forcadas ignoram 
"comentários maus" dos homens
O machismo de muitos homens e as críticas por parte dos grupos de forcados masculinos são dois adversários difíceis para o Grupo de Forcados Femininos de Benavente, o primeiro composto por mulheres em todo o país.
"Nem todos reconhecem o nosso trabalho", refere Susana Frieza, 16 anos, cabo do grupo e impulsionadora do projecto que nasceu há cerca de três anos em Benavente. As principais críticas, dizem, têm surgido por parte do sexo masculino: "Os homens dizem que o nosso lugar é em casa, a lavar a loiça e a coser meias". "Os homens dizem que não é para nós, mas não ligamos", afiança Sara Rodrigues, 24 anos, outro elemento do grupo. Trajada a rigor, Susana Frieza prefere valorizar os "muitos aplausos" do público. Já "os comentários maus dão-nos força para continuar", acrescenta.
João Lima, presidente da direcção do Grupo de Forcados, que integra o sector feminino e o masculino, refere que "há uma altura em que os homens perguntam o que elas estão ali a fazer, mas depois as coisas começam a correr bem". "Para mim, as mulheres têm tanto direito como têm os homens e enquanto cá estiver vou fazer o possível para que se mantenham", assegura o dirigente, entusiasmado com o projecto.
O presidente da direcção explica que as temporadas têm corrido dentro da normalidade e "já há quem peça especificamente a participação do grupo feminino, que está sempre disposto a actuar". Nélia Pereira, 27 anos, outro dos elementos, garante que a ideia é "para continuar". Até porque "temos bastante orgulho em ser o único grupo feminino no país e no mundo e só queremos continuar a dar mais e mais". O grupo tem agora como objectivo participar fora do país. "Queremos continuar a mostrar aquilo que sabemos fazer", conclui Susana Frieza.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

sinais de fogo
Incêndios: 
Protecção Civil registou 97 ocorrências 
desde as 00:00, mas só falta extinguir nove fogos
A Autoridade Nacional de Proteção Civil registou 97 fogos desde as 00:00, dos quais nove ainda estão por extinguir, indica a página da Internet deste organismo.
O maior incêndio (com mais de duas horas, mais de dez veículos ou, pelo menos, três meios aéreos pesados) lavra desde as 06:36 numa zona de mato em Marrancos, no concelho de Vila Verde (Braga) e está dado como "dominado".
No sábado, registaram-se 280 ocorrências que mobilizaram 2.860 homens e 782 veículos.
"LUSA/VISÃO"

a pior opção para emagrecer
Governo despede 68 mil funcionários públicos
O PSD quer reduzir em 68 mil o número de funcionários na Administração Central. O programa eleitoral é claro na aplicação da regra de contratação de uma só pessoa por cada cinco que saiam. Em quatro anos, a medida terá emagrecido a Função Pública em 13,2%.
No final do ano passado, a Administração Central tinha cerca de 512 mil funcionários. Nos últimos doze meses saíram 21 mil para a reforma. Caso este ritmo de saídas se mantenha durante os quatro anos de duração da nova legislatura, significa que perto de 85 mil trabalhadores irão para a reforma. A aplicação da proposta do PSD permitiria contratar apenas 17 mil pessoas durante esse período de tempo, o que resultaria num saldo negativo de 68 mil funcionários públicos, ou seja, 13,2% do total de trabalhadores na Administração Central.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

não vale crucificar
Árbitros podem passar a ser avaliados 
com recurso a imagens
A Liga Portuguesa pretende testar, já na nova época, um sistema de avaliação mista de arbitragem, que passa a juntar imagens televisivas aos relatórios dos observadores.
O projecto piloto de avaliação mista para a arbitragem vai ser um dos assuntos da mesa na Assebleia Geral da Liga, marcada para amanhã, às 19 horas, na sede do organismo, no Porto.
Caso a proposta seja aceite, todos os jogos das duas ligas profissionais em Portugal passarão a estar inseridas neste processo de avaliação e os árbitros passarão a ser avaliados, não só com os relatórios dos observadores, mas também com as imagens televisivas, sejam elas de cadeias de televisão ou cedidas pelos próprios clubes.
Para amanhã estão ainda agendadas outras propostas, nomeadamente as punições pelo arremesso de objetos, que podem levar à interdição dos estádios.
"A BOLA"

Portugal exemplar
Centro é a região do Mundo com mais dadores
Portugal foi um dos países do Mundo onde se realizaram mais colheitas de órgãos em 2010, voltando a ultrapassar a barreira dos 30 dadores por um milhão de habitantes. De acordo com o relatório anual da Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação, foram colhidos 926 órgãos nos hospitais portugueses.
Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) são uma das unidades mais activas na área da transplantação. "Em 2010 fomos um dos hospitais que mais transplantes fez no País. Temos 162 transplantes de rim, 28 de coração, 155 de córnea, 151 de osso, 53 de fígado e 27 de medula. Fomos quem mais transplantou a nível nacional em rim, coração e osso. Por exemplo, a nível da transplantação cardíaca, só a equipa do professor Manuel Antunes transplantou mais do que as outras três unidades nacionais juntas", explicou Fernando Regateiro, presidente dos HUC.
Os dadores portugueses são cada vez mais velhos: em 2010, 34 por cento tinham mais de 60 anos. Ainda assim, no Centro do País os números agradam ao responsável. "É a região do Mundo onde há mais dadores. Ultrapassou a média de Espanha, com 37,8 dadores por um milhão de habitantes em 2010". "Os HUC são a unidade que mais órgãos transplanta em Portugal. São uma escola. Têm uma cultura de transplantação. Um hospital que possa fazer transplantação pode fazer tudo", salienta Fernando Regateiro.
"CORREIO DA MANHÃ"

o grande problema está no legislador
Passos deverá manter o PGR 
por apenas mais nove meses
Novo Governo não confia no procurador-geral da República, o que poderá levar à saída de Pinto Monteiro antes do final do seu mandato
O mandato de Pinto Monteiro só termina nos últimos meses do próximo ano, mas Passos Coelho e Paula Teixeira da Cruz poderão tentar antecipar a sua saída para daqui a nove meses, altura em que o procurador-geral da República faz 70 anos. O seu mandato só termina seis meses depois.
A notícia foi avançada pelo “Expresso” , que salienta que a desconfiança do novo Executivo face ao procurador é conhecida, depois de Passos Coelho ter proferido várias declarações que apontam para a substituição do responsável.
Passos Coelho afirmou, no Verão do ano passado, que “seria um bom contributo para recuperar a credibilidade da Justiça que fosse designado um novo procurador”. Em Maio, o primeiro-ministro considerou que Pinto Monteiro tem tido “um desempenho que não é satisfatório” , reiterando a necessidade de substituir o responsável.
Também Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça, considerou, em Agosto, que Pinto Monteiro contribuía para a “degradação da imagem da Justiça”.
"SÁBADO"

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