A gente não tem mesmo juízo
O ministro das Obras Públicas diz no Parlamento que o projecto do TGV é para "reavaliar", esclarecendo que isso não significa "parar".
No mesmo dia o ministro das Finanças admite que Portugal pode precisar de ajuda internacional (dias depois de outro ministro ter dito que podemos ser corridos do euro). Horas mais tarde diz que o que disse não significa que há contactos para solicitar essa ajuda.
Está tudo doido? Num momento em que o País precisa de fazer tudo para merecer o respeito dos mercados é esta a imagem que estamos a passar? Não bate certo. Mas sejamos honestos: há alguma coisa certa em tudo o que fizemos nos últimos 12 meses?
Valha-nos que em Bruxelas ainda vai havendo gente que tenta cavar uma trincheira entre nós e a Irlanda, lembrando que a situação dos dois países é diferente (como fez ontem Jean-Claude Juncker), esperando evitar o efeito dominó. É verdade que são. E é sobre essa diferença que deveríamos ter capitalizado nos últimos meses. E o que fizemos? Deixámos derrapar vergonhosamente a despesa, sem qualquer explicação sobre o que se passou.
Se o leitor se puser do outro lado, de quem já nos emprestou dinheiro e a quem pedimos para emprestar mais, e olhar para este cenário o que pensa? Pois, é isso mesmo... Só não se percebe porque continua a haver jornalistas, economistas, políticos banqueiros (a lista é longa) que vão dizendo que não precisamos do FMI. Porque, supostamente, somos capazes de resolver, sozinhos os nossos problemas. Não somos não. E quanto mais tempo levarmos a perceber isso, pior.
Está tudo doido? Num momento em que o País precisa de fazer tudo para merecer o respeito dos mercados é esta a imagem que estamos a passar? Não bate certo. Mas sejamos honestos: há alguma coisa certa em tudo o que fizemos nos últimos 12 meses?
Valha-nos que em Bruxelas ainda vai havendo gente que tenta cavar uma trincheira entre nós e a Irlanda, lembrando que a situação dos dois países é diferente (como fez ontem Jean-Claude Juncker), esperando evitar o efeito dominó. É verdade que são. E é sobre essa diferença que deveríamos ter capitalizado nos últimos meses. E o que fizemos? Deixámos derrapar vergonhosamente a despesa, sem qualquer explicação sobre o que se passou.
Se o leitor se puser do outro lado, de quem já nos emprestou dinheiro e a quem pedimos para emprestar mais, e olhar para este cenário o que pensa? Pois, é isso mesmo... Só não se percebe porque continua a haver jornalistas, economistas, políticos banqueiros (a lista é longa) que vão dizendo que não precisamos do FMI. Porque, supostamente, somos capazes de resolver, sozinhos os nossos problemas. Não somos não. E quanto mais tempo levarmos a perceber isso, pior.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
16/11/10
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