03/10/2010

PAULO PORTAS

Paulo Portas
Ministro de Flag of Portugal.svg Portugal
Mandato: XV Governo Constitucional
XVI Governo Constitucional
  • Ministro da Defesa Nacional
    e dos Assuntos do Mar

Nascimento: 12 de Setembro de 1962 (48 anos)
Lisboa
Partido: Lider CDS-PP
Profissão:

Paulo Sacadura Cabral Portas (Lisboa, 12 de Setembro de 1962) é um jurista, jornalista e dirigente político português.
Estudou no Colégio de São João de Brito e licenciou-se em Direito, pela Universidade Católica Portuguesa.
Jornalista, estreou-se aos quinze anos, como estagiário na redacção de O Tempo. Foi depois redactor de A Tarde e do Semanário, acompanhando Vítor Cunha Rego.

Foi militante da Juventude Social Democrata a partir de 1975, chegando a dirigir o jornal oficial, então chamado Pelo Socialismo. Em 1979 aderiu também ao Partido Social Democrata, abandonando as duas estruturas em 1982.

Juntamente com Miguel Esteves Cardoso fundou O Independente (um jornal que se apresentava como inovador, libertário e culto), e que foi protagonista de violentas críticas e denúncias contra os governos de Aníbal Cavaco Silva. Em 1995 abandonou a direcção daquele semanário, acabando por iniciar uma carreira política. Nesse ano é candidato a deputado na Assembleia da República, nas listas do Partido do Centro Democrático Social, no Círculo de Aveiro. Juntamente com Manuel Monteiro, protagoniza a revisão da orientação política do partido, que adopta a designação de CDS-PP - Partido Popular. Incompatibilizado com Manuel Monteiro, disputou a liderança do CDS-PP à sua sucessora designada, Maria José Nogueira Pinto, que derrotou. Foi deputado à Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis (1997-2001), presidiu ao Grupo Parlamentar do CDS-PP (1999-2001), foi deputado ao Parlamento Europeu (1999) e candidato a presidente da Câmara Municipal de Lisboa (2001), eleito vereador. Entre 2002 e 2005 foi co-responsável pela coligação governativa entre o PSD e o CDS-PP, vindo a exercer funções como Ministro de Estado e da Defesa Nacional (2002-2004) e Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar (2004-2005), nos respectivos XV e XVI Governos Constitucionais. Nas eleições legislativas de 2005, não conseguindo o objectivo de obter 10% dos votos e evitar a maioria absoluta do Partido Socialista, pediu a demissão, sucedendo-lhe alguns meses mais tarde José Ribeiro e Castro. No entanto, voltaria com uma candidatura à Comissão Política Nacional, em 2007, que o leva de volta à liderança do CDS-PP. Obteve cerca de 75%[1] do votos sobre Ribeiro e Castro. No intervalo, dedicara-se à análise da actualidade política na SIC Notícias.

A par do jornalismo, chegou também a leccionar, na Universidade Moderna de Lisboa, a disciplina de História das Ideias Políticas, e dirigiu o Centro de Sondagens da mesma instituição.
Recentemente colaborou com o jornal Sol, escrevendo a coluna Ligações Perigosas. É conhecido o seu gosto pelo cinema.
Paulo Portas é filho de Nuno Portas, arquitecto, e de Helena de Sacadura Cabral, economista e jornalista; irmão de Miguel Portas, dirigente político e meio-irmão de Catarina Portas, jornalista e empresária. É também sobrinho-neto do aviador Sacadura Cabral.

POLÉMICAS

Caso Moderna
O Caso Moderna ganhou notoriedade, quando Esmeraldo Azevedo, antigo dirigente da Dinensino, fez com que a PJ iniciasse um inquérito. Entre a muita informação alegadamente descoberta, focou-se atenção na hipótese de terem sido descobertas informações que Paulo Portas e a sua mãe, Helena Sacadura Cabral Portas, assim como outras personalidades, teriam recebido ofertas da cooperativa em causa, de forma a que esta ganhasse notoriedade e visibilidade nas altas esferas da sociedade. Um dos presentes alegadamente terá um sido uma viatura de luxo, da marca Jaguar. O "Caso Moderna", assim como é conhecido, culminou na detenção de José Braga Gonçalves, o qual foi mais tarde libertado no dia 25 de Outubro de 2005.

Sousa Lara ex-vice-reitor da Universidade Moderna e um dos arguidos no Caso Moderna, acusou Paulo Portas numa sessão de tribunal de estar implicado no caso. Sousa Lara disse que em relação a Paulo Portas, existia matéria com implicações a nível penal. Segundo Sousa Lara, terão sido umas viagens que Paulo Portas terá alegadamente feito. No entanto, ao ser interrogado por mais informações acerca disto, Sousa Lara escusou-se a clarificar e pediu desculpas ao colectivo de juízes.

Este caso também parece ter ligações com a alegada gestão danosa por parte de Paulo Portas, quando este geria a empresa de sondagens Amostra, quando uma alegada carta de José Braga Gonçalves veio a público.

 Alegada carta de José Braga Gonçalves a Paulo Portas
Alegadamente, José Braga Gonçalves terá escrito uma carta a Paulo Portas, enquanto cumpria prisão preventiva. O que saiu para a comunicação social foi uma carta que se pode ler no site do jornal "Público".

 Alegado afastamento de Maria José Morgado
Em 2002, Maria José Morgado, na altura na Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Financeira da Polícia Judiciária, para surpresa geral, demite-se. Rumores acerca do papel da ex-ministra da justiça Celeste Cardona e Paulo Portas começaram a circular na comunicação social. A princípio, Maria José Morgado declarou serem falsos os rumores que davam a entender que esta teria sido pressionada pelos dois ministros para se demitir. No entanto, mais tarde, numa comissão de inquérito, Maria José Morgado revelou que foi Adelino Salvado, o então director nacional da PJ, que lhe tinha dito que eram Celeste Cardona e Paulo Portas que teriam receio que ela continuasse a liderar o combate ao crime económico na PJ.

Paulo Portas recusou-se a comentar as declarações de Maria José Morgado, porque tal, segundo ele, faria com que caísse numa armadilha e negou a ligação entre as demissões e o Caso Moderna.

 Fotocópias de segredos de Estado
Em 2007, o público em geral tomou conhecimento de que Paulo Portas, antes de deixar as funções de ministro da defesa e do estado, tinha fotocopiado 60 mil paginas, nas quais alegadamente estariam segredos de Estado, antes de abandonar as funções de ministro da defesa e do Estado.

Compra de submarinos
A compra de submarinos para a marinha portuguesa a uma empresa alemã, está envolto em polémica, uma vez que alegadamente faltam 34 milhões de euros e que, desses 34 milhões de euros, 1 milhão alegadamente foi parar a uma conta bancária ligada ao CDS-PP. Está também envolta em dúvida a necessidade de tornar a Escom UK como mediadora do negócio e que papel isso poderá ter no dinheiro desaparecido.
Em Outubro de 2009, a PJ realizou buscas num escritório de advogados, para tentar encontrar o contrato que alegadamente anda desaparecido. Francisco Louçã, líder do partido Bloco de Esquerda, sugeriu que Paulo Portas talvez as encontraria entre as 61 mil fotocópias que alegadamente fez, antes de abandonar as funções governativas.
Paulo Portas reagiu dizendo que o caso dos submarinos é "uma história muito mal contada".

WIKIPÉDIA

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