Duarte Lima
suspeito de lavar dinheiro no caso Feteira
As autoridades dizem que há indícios de que Duarte Lima "poderia estar a branquear" dinheiro de contas de Tomé Feteira.
"Há também fortes indícios de que Domingos Duarte Lima poderia estar a lavar (branquear) valores sacados pela vítima, no montante de cerca seis milhões de euros, de contas correntes do falecido Lúcio Thomé Feteira." A afirmação está expressa na descrição dos factos da primeira carta rogatória, enviada no dia 21 de Setembro às autoridades portuguesas. Segundo as autoridades, esses "fortes indícios" baseiam-se em "documentação enviada pelas autoridades da Suíça" e que foi "anexada ao inquérito policial" que chegou a Portugal.
Rosalina Ribeiro foi durante décadas secretária e companheira do milionário português Lúcio Tomé Feteira. O homem natural de Vieira de Leiria, viria a falecer no ano de 2000 e, com isso, Rosalina iniciava uma longa batalha jurídica com os herdeiros directos, no sentido de conseguir que a sua relação com ele fosse considerada estável.
Quase dez anos depois da morte do seu companheiro - no dia 7 de Dezembro de 2009 -, Rosalina era assassinada numa estrada brasileira pouco movimentada, a cem quilómetros do Rio de Janeiro.
A última pessoa, conhecida, a ter estado com a vítima foi o seu advogado português Domingos Duarte Lima, que em fax enviado à 9.ª Delegacia do Rio de Janeiro garante tê-la deixado com uma mulher, de seu nome Gisele.
Ontem, o DN publicou na edição online, pela primeira vez, as 193 questões que a polícia brasileira quer que Duarte Lima responda. No documento (ver relacionados à direita), as autoridades salientam que o jurista nunca respondeu a algumas dúvidas-chave, em toda a investigação.
Na passada terça-feira, em declarações ao DN, Germano Marques da Silva, advogado de Domingos Duarte Lima, disse que que o seu cliente "vai responder a todas as questões da polícia brasileira, agora que o seu direito legal de acesso ao processo já foi garantido." O jurista esclareceu ainda que Duarte Lima quis responder às dúvidas da polícia carioca logo na primeira rogatória.
Ontem, o DN tentou, sem sucesso, contactar Duarte Lima e os advogados, o português Germano Marques da Silva e o brasileiro João Costa Ribeiro Filho.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
14/10/10
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