Político de Portugal | |
Mandato: | I Governo Constitucional
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Nascimento: | 15 de Fevereiro de 1926 (84 anos) Cabeça, Portugal |
Partido: | PS |
António de Almeida Santos GCIH (n. Cabeça, Seia, 15 de fevereiro de 1926), advogado e político português.
Licenciou-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1950. Foi (e é) intérprete do canto e da guitarra de Coimbra, devendo-se-lhe umas conhecidas Variações em ré menor. Em 1953 fixou-se em Moçambique onde exerceu a advocacia. Na cidade de Lourenço Marques pertenceu ao Grupo dos Democratas de Moçambique. Foi por duas vezes candidato às eleições para a Assembleia Nacional, em listas da Oposição Democrática e viu, em ambos os casos, anulada a sua candidatura por acto arbitrário da Administração Colonial[1].
Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974, a convite do então Presidente da República, António de Spínola. Iniciou então uma proeminente carreira política — foi Ministro da Coordenação Interterritorial dos I, II, III e IV Governos Provisórios, com o estatuto de independente. No VI Governo Provisório ocupou também o lugar de Ministro da Comunicação Social. No I Governo Constitucional tinha a seu cargo a pasta da Justiça. Por esta altura aderiu ao Partido Socialista. Foi Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro, no II Governo Constitucional. Desempenhou um papel determinante na primeira Revisão Constitucional (1982). Foi Ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares, no Governo do Bloco Central (1983-1985). Nas eleições legislativas de 1985, encabeça a lista do PS como candidato a Primeiro Ministro, mas é derrotado por Cavaco Silva. Volta a ter de novo um papel preponderante na revisão constitucional de 1988. A partir de 1990, volta a destacar-se na direcção do PS, integrando o Secretariado Nacional. Em Outubro de 1995 é nomeado para o cargo de Presidente da Assembleia da República. Integrou o Conselho de Estado (de 1985 a 2002) e ocupa o cargo honorário de presidente do Partido Socialista desde 1992.
É autor de mais de uma dezena de livros, incluindo ensaios jurídicos. Publicou Quase Memórias (2006), uma autobiografia em dois volumes. No livro Que Nova Ordem Mundial? (2009), defende convictamente a Nova Ordem Mundial e a Globalizacão e propõe soluções que envolvam a globalização da política além do comércio. É também membro da Maçonaria Portuguesa, sendo elemento de grau 33 (grau máximo da Maçonaria).
Em Maio de 2007 defendeu a Ota como localização do novo aeroporto de Lisboa, argumentando que se o mesmo fosse construído na margem sul do Tejo, terroristas poderiam dinamitar as diversas pontes sobre o Tejo cortando o acesso ao Aeroporto, tendo sido criticado.
Distinções
Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Em 2003 ganhou o Prémio Norte-Sul, atribuído pelo Conselho da Europa.
Obras publicadas
Alguns dos títulos publicados, por ordem alfabética:
- 7 x Abril Pela Santa Liberdade
- Até que a Pena me Doa
- Avisos à Navegação
- Civismo e Rebelião
- Coimbra em África
- Com Ironia e Sumo de Limão
- Contos do tempo do Ódio
- Corpo de Delito
- Do Outro Lado da Esperança
- Ensaio sobre o Direito de Autor
- Já Agora!..
- Os Mal Amados
- Paixão Lusófona
- Pare, Pense e Mude
- Picar de Novo o Porco
- Por Favor, Preocupem-se
- Quase Memórias (do Colonialismo e da Descolonização)
- Quase Retratos
- Que Nova Ordem Mundial?
- Quinze meses ao serviço da Descolonização
- Rã no Pântano
- Teoria da Imprevisão
- Textos Políticos
- Virtuosa Sensaboria
- Vivos
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