Perguntem aos meus alunos
Posso afirmar que a minha actividade entre 1986 e 1989, na Escola do Bonabal (concelho de Torres Vedras), constituiu um dos melhores períodos da minha carreira profissional. E perguntem aos meus alunos, daquele período, aos seus pais, o que pensam daquela escola. De 12 crianças do 3.o e 4.o anos saíram: um enfermeiro, três professoras, uma contabilista, um engenheiro e um biólogo. A minha experiência faz parte da de milhares de experiências de trabalho cooperativo, de democracia, de envolvência com a comunidade local.Insucesso escolar e "crime pedagógico" existem nas escolas onde foi coarctada a liberdade de ensinar e a democracia. Onde os professores estão esgotados, frustrados e condenados ao individualismo. Quer-se maior isolamento?A Senhora Ministra da Educação, professora Isabel Alçada, sabe do que falo. Basta lembrar-se do tempo em que começou a escrever livros para motivar os alunos para a leitura, para concluir que é preciso romper com as políticas de subordinação aos especuladores. A escolha é sua.Ajudemos a libertar a discussão democrática e fraterna na comunidade educativa. Incentivemos os seus intervenientes a escreverem as respectivas conclusões e mandatarem representantes para as apresentar numa Conferência Nacional de Defesa da Escola Pública. Há tanto para dizer, para reaprender! Não seria esta iniciativa um legado extraordinário à escola pública e à sociedade em que vivemos?
Professora
Posso afirmar que a minha actividade entre 1986 e 1989, na Escola do Bonabal (concelho de Torres Vedras), constituiu um dos melhores períodos da minha carreira profissional. E perguntem aos meus alunos, daquele período, aos seus pais, o que pensam daquela escola. De 12 crianças do 3.o e 4.o anos saíram: um enfermeiro, três professoras, uma contabilista, um engenheiro e um biólogo. A minha experiência faz parte da de milhares de experiências de trabalho cooperativo, de democracia, de envolvência com a comunidade local.Insucesso escolar e "crime pedagógico" existem nas escolas onde foi coarctada a liberdade de ensinar e a democracia. Onde os professores estão esgotados, frustrados e condenados ao individualismo. Quer-se maior isolamento?A Senhora Ministra da Educação, professora Isabel Alçada, sabe do que falo. Basta lembrar-se do tempo em que começou a escrever livros para motivar os alunos para a leitura, para concluir que é preciso romper com as políticas de subordinação aos especuladores. A escolha é sua.Ajudemos a libertar a discussão democrática e fraterna na comunidade educativa. Incentivemos os seus intervenientes a escreverem as respectivas conclusões e mandatarem representantes para as apresentar numa Conferência Nacional de Defesa da Escola Pública. Há tanto para dizer, para reaprender! Não seria esta iniciativa um legado extraordinário à escola pública e à sociedade em que vivemos?
Professora
in jornal "i"
17/06/10
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