O deputado do PS António José Seguro questionou o ministro das Finanças se existem desde 2008 orientações específicas do Governo sobre o estatuto remuneratório dos gestores públicos e quais as empresas abrangidas por essas orientações.
Ao que parece, embora sejam poucos, há socialistas para quem a moralidade da coisa pública é importante, para quem não deve haver portugueses de primeira e de segunda. Talvez um dia destes sejam mais.
“Para além do enquadramento legislativo e regulamentar vigente, quais as orientações do Governo referentes ao estatuto remuneratório, e prémios, dos gestores/administradores de empresas públicas ou com participação do Estado e similares. Existiu alguma orientação específica para os anos de 2008, 2009 e 2010?”, pergunta António José Seguro, num requerimento a que a agência Lusa teve acesso.
No mesmo requerimento dirigido a Teixeira dos Santos, o ex-ministro de António Guterres e ex-líder parlamentar do PS pede ao ministro das Finanças a “lista das empresas públicas ou com participação do Estado e similares, as remunerações dos respectivos gestores/administradores e quais os indicados pelo Estado”.
Não sei se com esta linha de actuação o António José Seguro alguma vez ganhará o PS. Acredito, contudo, que ganhará o país que, agora mais do que nunca, está farto de ver cada vez mais pratos vazios.
Recorde-se (ver: “Remunerações do presidente da EDP são obscenas”) que no domingo, numa nota publicada no seu site Antóniojoseseguro.com, o dirigente socialista considerou “obscenos” os valores das remunerações referentes a 2009 pagas ao presidente executivo da EDP, António Mexia, que terão atingido 3,1 milhões de euros.
“Em fase de enormes dificuldades e de exigência de sacrifícios aos portugueses é incompreensível como se atingem estes valores remuneratórios. É uma imoralidade!”, refere o ex-ministro de António Guterres.
Na mesma nota, António José Seguro observou ainda que a EDP é a empresa mais endividada do mercado de capitais português com 14,007 mil milhões de euros (mais 117 milhões do que em 2008)”.
Certamente que Teixeira dos Santos dirá, voluntariamente ou não, que António Mexia e similares são a verdadeira alma do célebre Programa de Estabilidade e Crescimento. Descartáveis, ao contrário do que pensa António José Seguro, são os 700 mil desempregados tal como os perto de 40% de portugueses que vão assiduamente ao oculista porque não conseguem ver comida nos pratos.
Recorde-se que Rui Pedro Soares, o antigo administrador da PT, envolvido na polémica tentativa de compra da TVI, recebeu em 2009, 1,533 milhões de euros de salários, dos quais 1,035 milhões são relativos a remuneração variável e prémios de gestão.
Na mesma linha, sob proposta da Parpública (ou seja, do Estado), a REN vai atribuir bónus a José Penedos pelo trabalho realizado em 2009 como presidente da empresa.
Por sua vez, Fernando Soares Carneiro, também envolvido na questão TVI, e que só entrou para a Comissão Executiva da operadora em Março de 2009, recebeu um salário fixo de 364.100 euros, acrescentando 21.200 euros recebidos nos três meses antes, quando era apenas não executivo.
Segundo Francisco Louçã, os "3,1 milhões euros que António Mexia ganhou num ano, como prémio de desempenho, significa que ganhou em cada mês 25 anos de salário médio de cada português, mais do que o presidente da Microsoft, a maior empresa do mundo”.
É mesmo caso, apenas mais um, para se dizer: é fartar vilanagem!
“Para além do enquadramento legislativo e regulamentar vigente, quais as orientações do Governo referentes ao estatuto remuneratório, e prémios, dos gestores/administradores de empresas públicas ou com participação do Estado e similares. Existiu alguma orientação específica para os anos de 2008, 2009 e 2010?”, pergunta António José Seguro, num requerimento a que a agência Lusa teve acesso.
No mesmo requerimento dirigido a Teixeira dos Santos, o ex-ministro de António Guterres e ex-líder parlamentar do PS pede ao ministro das Finanças a “lista das empresas públicas ou com participação do Estado e similares, as remunerações dos respectivos gestores/administradores e quais os indicados pelo Estado”.
Não sei se com esta linha de actuação o António José Seguro alguma vez ganhará o PS. Acredito, contudo, que ganhará o país que, agora mais do que nunca, está farto de ver cada vez mais pratos vazios.
Recorde-se (ver: “Remunerações do presidente da EDP são obscenas”) que no domingo, numa nota publicada no seu site Antóniojoseseguro.com, o dirigente socialista considerou “obscenos” os valores das remunerações referentes a 2009 pagas ao presidente executivo da EDP, António Mexia, que terão atingido 3,1 milhões de euros.
“Em fase de enormes dificuldades e de exigência de sacrifícios aos portugueses é incompreensível como se atingem estes valores remuneratórios. É uma imoralidade!”, refere o ex-ministro de António Guterres.
Na mesma nota, António José Seguro observou ainda que a EDP é a empresa mais endividada do mercado de capitais português com 14,007 mil milhões de euros (mais 117 milhões do que em 2008)”.
Certamente que Teixeira dos Santos dirá, voluntariamente ou não, que António Mexia e similares são a verdadeira alma do célebre Programa de Estabilidade e Crescimento. Descartáveis, ao contrário do que pensa António José Seguro, são os 700 mil desempregados tal como os perto de 40% de portugueses que vão assiduamente ao oculista porque não conseguem ver comida nos pratos.
Recorde-se que Rui Pedro Soares, o antigo administrador da PT, envolvido na polémica tentativa de compra da TVI, recebeu em 2009, 1,533 milhões de euros de salários, dos quais 1,035 milhões são relativos a remuneração variável e prémios de gestão.
Na mesma linha, sob proposta da Parpública (ou seja, do Estado), a REN vai atribuir bónus a José Penedos pelo trabalho realizado em 2009 como presidente da empresa.
Por sua vez, Fernando Soares Carneiro, também envolvido na questão TVI, e que só entrou para a Comissão Executiva da operadora em Março de 2009, recebeu um salário fixo de 364.100 euros, acrescentando 21.200 euros recebidos nos três meses antes, quando era apenas não executivo.
Segundo Francisco Louçã, os "3,1 milhões euros que António Mexia ganhou num ano, como prémio de desempenho, significa que ganhou em cada mês 25 anos de salário médio de cada português, mais do que o presidente da Microsoft, a maior empresa do mundo”.
É mesmo caso, apenas mais um, para se dizer: é fartar vilanagem!
in "BLOG ALTO HAMA"
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