D. Maria Pia | ||
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Rainha de Portugal | ||
D. Maria Pia em retrato de Joseph Layraud. | ||
Nascimento | 16 de Outubro de 1847 | |
Turim | ||
Morte | 5 de Julho de 1911 | |
Stupinigi | ||
Casa Real | Casa de Sabóia, Itália Casa de Bragança, Portugal | |
Pai | Vítor Manuel II, Rei de Itália | |
Mãe | Adelaide de Habsburgo |
Dona Maria Pia de Saboia (Turim, 16 de Outubro de 1847 — 5 de Julho de 1911) foi uma princesa da Itália e rainha consorte de Portugal, durante o reinado de seu marido, D. Luís I.
Maria Pia ficou conhecida como O Anjo da Caridade e A Mãe dos Pobres por sua compaixão e causas sociais; entretanto, proferiu uma famosa frase em resposta à crítica de um dos seus ministros devido ao preço das suas extravagâncias: "Quem quer rainhas paga-as!".
[editar] Família
D. Maria Pia era a segunda filha do rei Vítor Emanuel II da Sardenha e Piemonte (em 1861, tornou-se o primeiro rei da Itália) e da arquiduquesa austríaca Adelaide de Habsburgo. Seus pais eram primos-irmãos. Teve sete irmãos, entre os quais o rei Humberto I de Itália e Amadeu I de Espanha. A irmã mais velha, Maria Clotilde, desposou um sobrinho de Napoleão Bonaparte.
No dia de seu batismo, o Papa Pio IX, seu padrinho, concedeu-lhe a Rosa de Ouro.
Casamento e vida como rainha
No dia 6 de Outubro de 1862, um dia depois de chegar em Lisboa, D. Maria Pia casou-se com o rei D. Luís I, tornando-se assim rainha de Portugal. A cerimônia ocorreu na Igreja de São Domingos.
Rainha aos quinze anos, D. Maria Pia cumpriu rapidamente o seu principal papel, assegurando a sucessão ao trono com o nascimento do Príncipe D. Carlos, em 28 de Setembro de 1863, e do infante D. Afonso Henriques, em 31 de Julho de 1865, titulado como Duque do Porto.
Mulher de temperamento meridional, ela foi mãe extremosa dos seus filhos e mulher atenta aos mais necessitados, tendo-se destacado por sua solidariedade para com os parentes das vítimas do incêndio do Teatro Baquet, em 1888. Habituada aos luxos da corte de Turim, D. Maria Pia era amante da alta costura e de festas, como bailes de máscaras. Em uma noite de fevereiro de 1865, ela chegou a usar três trajes diferentes.
Manteve-se alheia aos assuntos políticos, excepto quando o Marechal Saldanha, que cercou o Palácio da Ajuda em 1870, obrigou o rei a nomeá-lo presidente do Conselho de Ministros. Reza a lenda que D. Maria Pia teria exclamado ao Marechal:
«Se eu fosse o Rei, mandava-o fuzilar!» |
Assistiu, de forma excepcional, o seu marido durante a sua terrível agonia.
Reinado do filho e do neto
Após a subida ao trono português de seu filho, o rei D. Carlos I, D. Maria Pia cedeu o protagonismo à sua nora, a princesa Amélia de Orleães, continuando a residir oficialmente no Palácio da Ajuda (cuja decoração deve-se ao seu gosto), utilizando como residências de recreio o Palácio da vila de Sintra e um chalé que adquiriu no Estoril. Serviu diversas vezes como regente do Reino durante as visitas oficiais do seu filho e da nora ao estrangeiro.
Na sequência do Regicídio de 1908, em que seu filho, D. Carlos I, e seu neto, o herdeiro ao trono D. Luís Filipe, Duque de Bragança, foram assassinados, D. Maria Pia foi abatida pelo desgosto, começando a dar sinais de demência mental. Durante o breve reinado de seu outro neto, D. Manuel II, a rainha manteve-se praticamente retirada do público e quase sempre estava acompanhada do segundo filho, o Duque do Porto.
Exílio e morte
Com a proclamação da República, em 5 de Outubro de 1910, D. Maria Pia seguiu então para o exílio, mas não junto aos restantes membros da família real; partiu para o seu Piemonte natal, onde viria a falecer no ano seguinte, a 5 de Julho de 1911. Foi sepultada no Panteão Real dos Sabóia na Basílica de Superga, na Itália. Momentos antes de expirar, ela pediu que a voltassem no leito na direcção de Portugal, país onde permaneceu durante quarenta e oito anos.
Títulos
- 1847-1864: Sua Alteza Real a Princesa Maria Pia de Sabóia
- 1864-1889: Sua Majestade a Rainha
- 1889-1911: Sua Majestade a Rainha D. Maria Pia
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