02/08/2009

D. PEDRO I


D. Pedro I
Monarca de Portugal

D. Pedro I, rei de Portugal, o Cruel, Cru ou Vingativo

Ordem: 8.º Monarca de Portugal
Cognome(s): O JUSTICEIRO
Início do Reinado: 8 de Maio de 1357
Término do Reinado: 18 de Janeiro de 1367
Aclamação: Lisboa
Predecessor(a): D. Afonso IV
Sucessor(a): D. Fernando I
Pai: D.Afonso IV,
Mãe: D.Beatriz de Castela
Data de Nascimento: 8 de Abril de 1320
Local de Nascimento: Coimbra
Data de Falecimento: 18 de Janeiro de 1367
Local de Falecimento: Estremoz
Local de Enterro: Mosteiro de Santa Maria, Alcobaça
Consorte(s): D.Branca de Castela
D.Constança Manuel
D.Inês de Castro
Príncipe Herdeiro: Infante D.Fernando (filho)
Dinastia: Borgonha (Afonsina)

D. Pedro I (Coimbra, 8 de Abril de 1320 - Estremoz, 18 de Janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Mereceu os cognomes de O Justiceiro (também O Cruel, O Cru ou O Vingativo), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro, ou de O-Até-ao-Fim-do-Mundo-Apaixonado, pela afeição que dedicou àquela dama galega. Era filho do rei Afonso IV e sua mulher, a princesa Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.

Pedro é conhecido pela sua relação com Inês de Castro, a aia galega da sua mulher Constança, que influenciou fortemente a política interna de Portugal no reinado de Afonso IV. Inês acabou assassinada por ordens do rei em 1355, mas isso não trouxe Pedro de volta à influência paterna. Bem antes pelo contrário, entre 1355 e a sua ascensão à coroa, Pedro revoltou-se contra o pai pelo menos duas vezes e nunca lhe perdoou o assassinato de Inês. Uma vez coroado rei, em 1357, Pedro anunciou o casamento com Inês, realizado em segredo antes da sua morte, e a sua intenção de a ver lembrada como Rainha de Portugal.

Este facto baseia-se apenas na palavra do Rei, uma vez que não existem registos de tal união. Dois dos assassinos de Inês foram capturados e executados (Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves) com uma brutalidade tal (a um foi arrancado o coração pelo peito, e a outro pelas costas), que lhe valeram os epítetos supramencionados.

Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-o como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte. De seguida, ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados nas naves laterais do mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam...

Como rei, Pedro revelou-se um bom administrador, corajoso na defesa do país contra a influência papal (foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio, que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no País sem a sua autorização expressa), e justo na defesa das camadas menos favorecidas da população. Na política externa, Pedro participou ao lado de Aragão na invasão de Castela.

D. Pedro reinou durante dez anos, conseguindo ser extremamente popular, ao ponto de dizerem as gentes «que taaes dez annos nunca ouve em Purtugal como estes que reinara elRei Dom Pedro».

Jaz no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.

Casamentos e descendência

Ligações externas

Precedido por
Afonso IV

Rei de Portugal e do Algarve

1357 - 1367
Sucedido por
Fernando I


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