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ᴘαяᴛɪɗᴏ ϙᴜє ຕαɪѕ ᴘαяєᴄє ᴜຕα ᴄƖᴏαᴄα αᴄᴜ́ѕᴛɪᴄα
DIOGO PACHECO DE AMORIM
(recordar é viver)
Os crimes do grupo terrorista
de Pacheco de Amorim
Negócios obscuros de armas, bombas incendiárias, espancamentos, apedrejamentos, atentados a tiro, assassinatos. O Movimento Democrático de Libertação de Portugal foi responsável, nomeadamente, pelos assassinatos de Rosinda Teixeira, do padre Max e da jovem Maria de Lurdes.
O Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), cuja criação foi publicamente anunciada a 5 de maio de 1975, foi uma das organizações terroristas que semeou a violência em Portugal no pós-25 de Abril, e cuja atividade não se limitou ao Verão Quente de 75.
Após o fracasso da tentativa de golpe de 11 de março de 1975, o general António de Spínola fugiu para o Brasil onde, juntamente com os seus apoiantes mais fieis, procurou amealhar apoios para combater a "ameaça comunista" em Portugal.
As consideráveis somas arrecadadas foram doadas pelo patronato português, sobretudo do setor dos transportes, por banqueiros, empresários conterrâneos sediados em Madrid, como Manuel Queiroz Pereira e Manuel Bulhosa, e também pelas comunidades portuguesas sediadas nos Estados Unidos, no Canadá e na África do Sul. A Igreja Católica no norte do país, por via do cónego Eduardo Melo, também teve um peso considerável no financiamento do MDLP. E os seus operacionais, segundo testemunhos diretos, beneficiaram da cumplicidade de elementos da PSP e da GNR. De acordo com alguns autores, Spínola terá ainda chegado a contar com o apoio da Central Intelligence Agency (CIA) e da ditadura brasileira.
Ex-Pides, legionários e militares
contra a descolonização
De acordo com a organização de extrema-direita, era imperativo eliminar o cancro que se espalhava no país: “Todos nós, portugueses, sabemos o que é esse cancro: são as organizações comunistas e os militares comunistas de Lisboa. E são as ramificações e canais que estendem pelo país: os seus núcleos, as suas sedes, as suas comissões, os seus centros de trabalho, as ‘campanhas de dinamização’”, referia um panfleto do movimento terrorista.
Das fileiras do MDLP constavam elementos da PIDE/DGS, legião portuguesa, antigos combatentes, militares de carreira que discordavam da descolonização, mercenários de organizações de extrema-direita e criminosos de várias índoles. Assim como militantes de vários partidos de extrema-direita ilegalizados depois da primeira tentativa de golpe contrarrevolucionário, principalmente do Movimento Federalista Português. José Miguel Júdice, Fernando Pacheco de Amorim, Diogo Pacheco de Amorim, José Valle de Figueiredo, António Marques Bessa, Manuel Queirós Pereira são disso exemplo.
A 'estratégia de tensão', com a criação artificial do caos no país, protagonizada pelo MDLP tinha como fim desestabilizar por completo o governo, para que as forças de extrema-direita surgissem como a solução para os problemas de Portugal, mas também pugnar pelo controlo sobre as antigas colónias africanas e permitir o crescimento de todo o tipo de negócios ilícitos e de abusos laborais. Para esse efeito, o MDLP não se coibiu de se juntar a outras forças terroristas, como é o caso do Exército de Libertação de Portugal (ELP), de Agostinho Barbieri Cardoso, ex-subdiretor-geral da PIDE/DGS, ou do Plano Maria da Fonte, de Jorge Pereira Jardim, ex-secretário de Estado de Salazar e ex-administrador do grupo Champalimaud. Bem como de organizações terroristas internacionais.
A maioria dos dirigentes do MDLP, entre os quais Diogo Pacheco de Amorim, hoje vice-presidente da Assembleia da República, nomeado pelo Chega, estava sediada em Madrid. Pacheco de Amorim é o autor de um conhecido hino de extrema-direita, o Ressureição, escrito durante o tempo que passou na capital espanhola: “E já ardem bandeiras vermelhas/ Nos campos há gritos de guerra / Nas trevas da noite há centelhas / Das Rosas em festa da terra”, lê-se na letra do hino.
Incêndios, bombas e assaltos
a sedes de partidos de esquerda
A história do MDLP ficou marcada por violência, negócios de armas obscuros, pelas mãos de Alpoim Calvão, e assassinatos. Entre agosto e outubro de 1975, sedes de forças políticas de esquerda, principalmente do PCP, no norte de Portugal foram alvo de ataques do MDLP. A Polícia Judiciária Militar contabilizou ainda, somente na zona da Figueira de Castelo Rodrigo, 65 incêndios de origem criminosa, cuja responsabilidade foi atribuída ao ELP e MDLP.
No livro Quando Portugal Ardeu, o jornalista Miguel Carvalho escreve que “os vários ‘exércitos’ da contrarrevolução, alguns avulsos, foram responsáveis por 566 ações violentas no país entre maio de 1975 e abril de 1977, uma média de 24 atos de terrorismo por mês, quase um por dia, causando mais de 10 mortes e prejuízos incalculáveis no património de vítimas e instituições”.
“Os partidos de esquerda, como o PS, com o PCP à cabeça, foram os alvos preferenciais de quase 80% das bombas incendiárias, espancamentos, apedrejamentos e atentados a tiro”, acrescenta o autor.
O assassinato do padre Max,
Maria de Lurdes e Rosinda Teixeira
A 2 de abril de 1976, o padre Maximino Barbosa de Sousa, de 32 anos, e a estudante Maria de Lurdes Correia, de 18 anos, foram assassinados num atentado à bomba em Cumieira, concelho de Vila Real. Só 23 anos depois, na sequência de um longo processo judicial, a Justiça atribuiu as responsabilidades ao MDLP, sem, no entanto, condenar nenhum dos executantes ou responsáveis. Antes do seu bárbaro assassinato, o padre Max, como era conhecido, era já alvo de inúmeras ameaças, na medida em que que não se coibia de denunciar os abusos dos patrões, as ações da extrema-direita e as suas ligações à Igreja Católica.
Vinte dias após o assassinato do padre Max, a 22 de abril, dois cubanos, Adriana Corço Callejas e Efrén Monteagudo Rodríguez, morreram num atentado terrorista contra a Embaixada de Cuba em Lisboa, e mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas. O crime foi reivindicado pelo Movimento Anticomunista Português (MAP), que mantinha ligações com o MDLP.
Já a 21 de maio de 1976, um ataque bombista dirigido ao operário têxtil e sindicalista António Teixeira vitimou a sua esposa, Rosinda Teixeira, em São Martinho do Campo, Santo Tirso. O atentado, encomendado pelo comendador Abílio de Oliveira, um dos maiores industriais têxteis da região, foi da autoria de três operacionais, entre eles Ramiro Moreira, membro do MDLP. Ramiro Moreira foi condenado a 21 anos de prisão, mas fugiu para Espanha sem cumprir a pena. Regressou a Portugal, anos mais tarde, graças a um indulto assinado em 1991 pelo presidente da República Mário Soares.
“António Teixeira, marido de Rosinda, a vítima mortal na noite fatídica de maio de 1976, começara a trabalhar para ele [esse empresário] em 1949 e notara a grosseria dos modos, os maus-tratos aos empregados, o assédio sexual às operárias. ‘Ele chamava ao gabinete as que lhe interessavam, mas muitas não lhe davam hipótese. Chegava a agredi-las à chapada na frente de toda a gente’, ilustra Nélson Teixeira [filho da mulher assassinada], a partir de histórias escutadas ao pai e a outros empregados. O descaro incluía mulheres grávidas e casadas, ouvir-se-ia mais tarde em tribunal”, relata Miguel Carvalho em Quando Portugal Ardeu.
IN "ESQUERDA"-31/03/24
O Chega transformou-se numa oficina de tunning de deputados que o PSD e a Iniciativa Liberal atiraram fora. Ventura recolhe-os, dá-lhes decapante e duas demãos, faz uma inspeção periódica obrigatória às três pancadas, envia-os para uma semana de doutrinação salazarista no bootcamp de Pacheco de Amorim e faz deles cabeças de lista do Chega às eleições de março.
IN "EXPRESSO-INIMIGO PÚBLICO-(excerto) - 26/02/24
NR: Não nos surpreende que o partido de extrema direita arrebanhe para as suas fileiras pessoas como o recém eleito para a vice-presidência da AR.
O que espanta é um indivíduo que militou numa organização terrorista COM CRIMES IMPUTADOS ter recebido para a sua eleição votos de deputados pertencentes a pressupostos partidos "democratas", isso sim, gostávamos de saber os nomes, FANTÁSTICO MELGA!
NR/2: Sabemos bem que o partido de extrema direita é a quarta força política do país, responsabilidade da esquerda por manifesta incompetência de captação de votos. Escrevemos quarta porque a primeira força política do país é a tenebrosa igreja católica. Aqui tudo faremos para ridicularizar e avacalhar o grupelho xenófobo, sem medos.
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