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Dom José Ornelas assume que foram
A questão estava relacionada com as suspeitas que envolveram recentemente o bispo timorense, Dom Ximenes Belo, das quais Ornelas garantiu ter tido conhecimento apenas "nestes dias".
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Dom José Ornelas, assumiu segunda-feira que foram abafados casos de abusos sexuais de menores na igreja católica e confessou uma “tristeza muito grande” por ver envolvido o nome de Ximenes Belo.
Questionado, em entrevista à TVI, se assumia que “durante anos foram abafados casos” de abusos sexuais na igreja católica, o bispo da diocese de Leira-Fátima foi taxativo na resposta. “Foram [abafados]. E isso não é bom”, respondeu Dom José Ornelas.
A questão estava relacionada com as suspeitas que envolveram recentemente o bispo timorense, Dom Ximenes Belo, das quais Ornelas garantiu ter tido conhecimento apenas “nestes dias” e “com uma grande tristeza”.
“Pensava que o conhecia. É uma tristeza muito grande. Penso nele, nas vítimas dele e penso naquilo que estas vítimas significam, que é precisamente o contrário daquilo que nós [igreja católica] devíamos ser”, comentou.
Na mesma entrevista ao canal de notícias por cabo, Dom José Ornelas, pediu ainda perdão às crianças vítimas de abusos sexuais por parte de padres da igreja católica e garantiu que os visados serão excluídos da igreja se forem condenados.
“Eu peço sempre desculpa a estas pessoas, sempre que falo disto. Não é desculpa, é precisamente perdão a estas pessoas. Porque estas pessoas foram abusadas onde menos deviam ter sido”, disse o bispo da diocese de Leiria-Fátima.
Dom José Ornelas assegurou ainda que os padres visados “serão excluídos do ministério da igreja se são condenados por pedofilia” e lembrou que “até lá têm sido retirados do ministério”.
O Ministério Público (MP) confirmou no sábado estar a investigar o bispo D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, por alegado encobrimento de abusos sexuais, revelando que já houve uma investigação com possíveis ligações a este caso em 2011.
IN "OBSERVADOR" - 04/10/22
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cessar “imediatamente”, diz Marcelo
O Presidente da República considerou esta terça-feira, questionado sobre o caso do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que as incompatibilidades com o exercício de cargos governativos devem cessar logo que há a perceção da sua existência.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas na sede da União das Misericórdias Portuguesas, em Lisboa, afirmou não conhecer e não querer comentar em concreto o caso de Manuel Pizarro, que segundo uma notícia da TVI ainda é sócio-gerente de uma empresa de consultoria na área da saúde.
“Em abstrato é muito simples: se alguém tem uma incompatibilidade que é verdadeiramente incompatibilidade – eu não sei se é verdade, se não – por exercer funções que são incompatíveis com o exercício de uma função pública, qualquer que ela seja, o que deve fazer imediatamente, se o não fez antes, é resolver esse problema. E há duas maneiras de o resolver: uma é deixar de exercer a função pública, outra é deixar de exercer a função privada”, acrescentou o chefe de Estado.
O Presidente da República admitiu que alguém possa tomar posse de um cargo governativo sem se aperceber de uma incompatibilidade com atividades privadas: “Se não o fez antes, logo que tenha a noção de que realmente há incompatibilidade, ou cessa a função pública, ou cessa a função privada”.
“Se não houve a perceção antes de que havia incompatibilidade, é simples: desde o momento em que há a perceção, retiram-se as consequências“, reforçou, quando questionado se esta incompatibilidade de Manuel Pizarro não devia ter sido evitada de início. De acordo com a TVI, o ministro da Saúde comunicou por escrito estar “ciente de que o exercício de funções como ministro é incompatível com a integração em corpos sociais de pessoas coletivas de fins lucrativos”.
Assumindo-se como sócio-gerente da empresa Manuel Pizarro – Consultadoria, Lda., o ministro declarou à TVI que o processo de dissolução da mesma “já se iniciou” e “não se encontra ainda concluído por ser necessário proceder à venda de um ativo da empresa”, um imóvel no Porto, cuja escritura “está marcada para os primeiros dias de outubro”.
FONTE: AGÊNCIA LUSA - 04/10/22
1 comentário:
Não há obrigatoriedade?
Há dever moral e cívico.
Deviam ter ido trabalhar para as minas, no duro, em vez de pregar o contrário do que fazem na realidade.
Quem sente impulsos de pedofilia trate-se.
Não moleste para toda uma vida inocentes desprotegidos de tão vil ação .
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