236-ARTE ARRISCADA
Viola(ta)
Interpretação
Arianna De Angelis Marocco
Coreografia:
Vito Alfarano
Produção:
AlphaZTL
Compagnia d’Arte Dinamica
* Sabe quando sonha em cair? E a sensação que fica ao acordar? Um suspiro e uma sensação de angústia. A violência contra a mulher é um tema sobre o qual insistir nunca é demais, porque certos temas nunca devem ser deixados de lado ou, pior, omitidos.
Viola (ta) nasceu como um espetáculo de dança contemporânea e trata "abertamente" da violência contra a mulher ou violência de gênero, um tema de grande atualidade que existe há milênios, desde o nascimento do homem e seu desejo de supremacia sobre todos os seres vivos considerado inferior.
A denúncia é o primeiro passo para a liberdade, a reconquista da dignidade e, sobretudo, é o primeiro passo para a salvação: o que pode ser melhor do que levantar de manhã, olhar o sol e perguntar: "O que faço hoje? eu vou?" sem medo de ser insultado, maltratado, sem se sentir culpado por não ter feito nada. Vito Alfarano, com a sua companhia de dança e videoarte contemporânea "AlphaZTL", quer sublinhar este problema porque insistir nunca é suficiente.
A viola (ta) surge da necessidade de contar as emoções que acompanham as mulheres vítimas de violência sem a necessidade de definir o fato.
O início da Viola (ta) é ao mesmo tempo também o seu fim e vice-versa, como um círculo que se repete ciclicamente onde a mulher não tem uma identidade única, mas representa todas as idades, origens sociais e raciais, sob o peso do abuso . .
Dentro da Viola (ta) encontramos três momentos principais, as vozes demonstrativas das mulheres da Associação IO DONNA de Brindisi: "PRESENTE", "QUERIA-ME BEM", "Mulher SABE A FORÇA QUE TEM, SIM EU CONHEÇO A FORÇA EU TENHO"
1- "PRESENTE" é a oração íntima desta mulher, sua vergonha, medo, esconderijo e esconderijo. A mulher sem rosto.
2- "ELE QUERIA-ME BEM, BEM PARA MORRER" mostra-nos a tentativa de regresso à normalidade através do quotidiano, através do amor que resta para nos mantermos colados àquele lugar e tempo.
3- "Mulher VOCÊ SABE A FORÇA QUE TEM, SIM EU SEI A FORÇA QUE TENHO" é o grito, a expressão máxima de todo o peso que ela carrega sobre ela. Corpo e espaço cénico unem-se numa dança que nada poupa, que se deixa, esgotada, à história de uma violência, com o rosto descoberto.
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