11/06/2022

 ..

3093
Senso d'hoje
PHILLIPE LÉOPOLD
 LOUIS MARIE
REI DOS BELGAS
DE VISITA AO CONGO
DISCURSO DE ARREPENDIMENTO
(INTERVENÇÃO DE CIDADÃOS CONGOLESES)


O rei Philippe expressou seus "mais profundos arrependimentos pelas feridas do passado" durante um discurso histórico realizado em Kinshasa para sua primeira visita à República Democrática do Congo. Diante do presidente Félix Tshisekedi e do povo congolês, o rei Philippe reconheceu que a Bélgica havia estabelecido um "regime colonial" baseado "na exploração" e no "racismo". Falou de "uma relação desigual", "injustificável", "marcada por paternalismo, discriminação e racismo". O regime colonial belga no Congo "suscitou extorsões e humilhações", sublinhou o soberano belga. 

Enquanto muitos congoleses aguardavam um pedido oficial de desculpas pelos abusos cometidos durante o período colonial belga no Congo, o rei Philippe reiterou seu arrependimento, mas ainda usando palavras fortes. Philippe é também o primeiro rei dos belgas a reconhecer abertamente esses abusos cometidos durante o regime colonial, 62 anos após a independência do Congo. 

 Para muitos congoleses, a principal preocupação não é mais o passado, mas o presente e, em particular, as tensões no leste do Congo. "A instabilidade no leste do país, onde a violência desumana e a impunidade muitas vezes reinam, continua sendo uma grande fonte de preocupação para todos nós", disse o rei Philippe em seu discurso. "Esta situação não pode continuar", acrescentou. O primeiro-ministro belga Alexander De Croo também mostrou sua solidariedade com o povo congolês, garantindo que a Bélgica poderia desempenhar um papel de apoio, se necessário.


FONTE:  RTBF

NR: A história do colonialismo belga em África constitui a mais tenebrosa carnificina do continente. leopoldo II foi tão cruel que se calcula ter mandado assassinar mais de 10 milhões de cidadãos. Se desejar aprofundar mais os seus conhecimentos sobre o drama do povo congolês visite os 6 links que a seguir lhe disponibilizamos.


















NR/2: No nosso blogue ditadores, assassinos e outros criminosos não têm direito a maiúsculas nos seus nomes. Existem excepções por mero respeito editorial

Sem comentários: