02/02/2022

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ƤROƲAƲƐLMƐƝƬƐ ƇOM A ƁƐƝƇ̧ÃO

ƊA ƊIƲIƝA ƤROƲIƊƐ̂ƝƇIA

Igreja Católica da Nova Zelândia
revela abusos “horrendos” de menores

Relatório da Igreja Católica neozelandesa dá conta de milhares de alegações de abusos de crianças e adultos vulneráveis desde os anos 1950 em diferentes instituições. Organização de sobreviventes diz que a dimensão real é muito superior.

A Igreja Católica da Nova Zelândia revelou publicamente esta terça-feira, pela primeira vez, a escala dos abusos “horrendos”, incluindo abusos sexuais, perpetrados desde os anos 1950 pelo clero e outros religiosos. Desde essa altura, 1350 crianças e 164 adultos relataram ter sofrido abusos; e das 1680 alegações incluídas no relatório, quase metade (835) são danos sexuais contra uma criança perpetrados principalmente em instalações educativas ou lares residenciais.

Destes alegados abusos, 75% ocorreram antes da década de 1990. A Igreja neozelandesa admite que 14% do seu clero diocesano foi acusado de abusos por parte de crianças e adultos nos últimos 70 anos.

Os dados fazem parte de um relatório preparado pela Igreja Católica da Nova Zelândia para a comissão governamental criada em 2018 pela primeira-ministra, Jacinda Ardern, para investigar abusos dentro das instituições da Nova Zelândia.

O Cardeal John Dew, presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Nova Zelândia, disse numa declaração que estes dados eram “horríveis”. “Algo de que nos envergonhamos profundamente”, frisou

O relatório foi divulgado poucos dias antes da comissão governamental realizar audições públicas em casos emblemáticos de abuso no seio da Igreja Católica. Num documento preliminar divulgado há dois anos, a comissão avançava que cerca de 250 mil crianças e adultos vulneráveis tinham sido maltratados desde 1950.

Estas audiências centrar-se-ão na Marylands School, um internato para rapazes e deficientes na cidade de Christchurch, e no Hebron Trust para crianças em risco, um centro dirigido por membros da Ordem dos Irmãos de Deus de São João, bem como no orfanato vizinho de São José, dirigido pelas Irmãs de Nazaré.

As alegações ligadas à Marylands School e ao Hebron Trust representam 14% do total das denúncias de abusos no relatório da Igreja Católica, enquanto outros 14% dizem respeito ao Orfanato de São José e ao Lar Nazaré.

Além disso, três dos mais prolíficos alegados abusadores da Igreja Católica trabalharam em Maryland, e um deles fundou o Hebron Trust.

Te Rōpū Tautoko, a organização que elaborou o relatório, admite que os números não representam todos os maus-tratos, que incluem abusos físicos, emocionais, psicológicos e sexuais, bem como negligência, mas apenas os casos que foram denunciados e mantidos em arquivo.

Com base nas informações dos seus membros, a Rede de Sobreviventes dos Abusados por Sacerdotes diz que a escala real dos abusos é provavelmente muito maior – os dados indicam que “apenas um cada 12 relatou abusos”. “A Igreja limitou-se a divulgar as informações que registou e isso não deve ser visto como uma lista abrangente de todos os abusos. A real dimensão dos abusos sexuais é muito difícil de medir”, afirma esta associação.

Apesar de a Igreja admitir o mal que foi feito, não houve mudanças significativas na cultura interna nem nos métodos de treino, sublinha ainda a organização, notando que “no tratamento das denúncias, os processos de investigação [da Igreja] se baseiam no equilíbrio de probabilidades em vez de se centrarem nas vítimas”.

IN "PÚBLICO" - 01/02/22

HÁ 2 NOS

Bispo católico acusado de abuso sexual 

renuncia na Nova Zelândia


FONTE:   Jornal da Record

ESCÂNDALO NA NOVA ZELÂNDIA


FONTE: RTP-01/02/22

NR:  𝗡𝗮̃𝗼 𝗵𝗮́ 𝗱𝘂́𝘃𝗶𝗱𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗰𝗹𝗲𝗿𝗼 𝗲 𝗹𝗲𝗶𝗴𝗼𝘀 𝗰𝗮𝘁𝗼́𝗹𝗶𝗰𝗼𝘀 𝗴𝗼𝘀𝘁𝗮𝗺 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗯𝘂𝗺𝗯𝗮𝗿 𝗻𝗼𝘀 𝗳𝗼𝗳𝗼𝘀 𝗲 𝗻𝗮𝘀 𝗳𝗼𝗳𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗹𝗵𝗲𝘀 𝘀𝘂𝗿𝗴𝗲𝗺 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗳𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗲 𝗮𝗽𝗲𝘀𝗮𝗿 𝗱𝗲 𝗲𝘀𝗰𝗮̂𝗻𝗱𝗮𝗹𝗼𝘀 𝘀𝘂𝗰𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗻𝗮̃𝗼 𝗺𝘂𝗱𝗮𝗺 𝘁𝗮𝗹𝘃𝗲𝘇 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗮𝗺 𝗮 𝗯𝗲𝗻𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗮 𝗱𝗶𝘃𝗶𝗻𝗮 𝗽𝗿𝗼𝘃𝗶𝗱𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮.

𝗦𝗼́ 𝗲𝗺 𝗱𝗼𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗶́𝘀𝗲𝘀 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗰𝗿𝗮́𝘁𝗶𝗰𝗼𝘀 𝘀𝗼𝗺𝗮𝗺-𝘀𝗲 𝟱𝟴𝟬 𝗺𝗶𝗹 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝘀 "𝗮𝗿𝗿𝗼𝗺𝗯𝗮𝗱𝗮𝘀" 𝗽𝗼𝗿 𝗽𝗿𝗼𝗳𝗶𝘀𝘀𝗶𝗼𝗻𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗮 𝗶𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 𝗲 𝗼𝘂𝘁𝗿𝗼𝘀 𝗺𝗶𝗹𝗶𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗲 𝗰𝗼𝗻𝘃𝗲́𝗺 𝗹𝗲𝗺𝗯𝗿𝗮𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗲 "𝗮𝗿𝗿𝗼𝗺𝗯𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼" 𝘃𝗮𝗶 𝗳𝗶𝗰𝗮𝗿 𝘁𝗼𝗱𝗮 𝗮 𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲𝗻𝗰𝗶𝗮𝗿 𝗮 𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗱𝗮𝘀 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝘀. 

𝗙𝗔𝗖̧𝗔𝗠 𝗔𝗦 𝗖𝗢𝗡𝗧𝗔𝗦: 
𝟱𝟴𝟬.𝟬𝟬𝟬 𝗮 𝗱𝗶𝘃𝗶𝗱𝗶𝗿 𝗽𝗼𝗿 𝟳𝟬 𝗮𝗻𝗼𝘀 𝗶𝗴𝘂𝗮𝗹 𝗮 𝟴 𝟮𝟴𝟱 𝗽𝗼𝗿 𝗮𝗻𝗼
𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗲𝗿𝗳𝗮𝘇 𝟲𝟵𝟬 𝗽𝗼𝗿 𝗺𝗲̂𝘀
𝗹𝗼𝗴𝗼 𝟮𝟯 𝗽𝗼𝗿 𝗱𝗶𝗮

𝗖𝗼𝗻𝘃𝗲𝗻𝗵𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝟮𝟯 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝘀 "𝗮𝗿𝗿𝗼𝗺𝗯𝗮𝗱𝗮𝘀 𝗽𝗼𝗿 𝗱𝗶𝗮" 𝗲𝗺 𝗱𝗼𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗶́𝘀𝗲𝘀 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗰𝗿𝗮́𝘁𝗶𝗰𝗼𝘀 𝗻𝗼 𝘀𝗲𝗶𝗼 𝗱𝗮 𝗼𝗿𝗴𝗮𝗻𝗶𝘇𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗿𝗲𝗹𝗶𝗴𝗶𝗼𝘀𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿𝗼𝘀𝗮 𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗲𝗺 𝗲́ 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼, 𝗼 𝘁𝗮𝗯𝗮𝗰𝗼 𝗺𝗮𝘁𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀.

𝗦𝗲 𝘁𝗲𝗺 𝗼𝗿𝗴𝘂𝗹𝗵𝗼 𝗲𝗺 𝘀𝗲𝗿 𝗰𝗮𝘁𝗼́𝗹𝗶𝗰𝗼 𝗺𝗮𝗻𝘁𝗲𝗻𝗵𝗮-𝗼, 𝗱𝗮𝗿-𝗹𝗵𝗲-𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗻𝗼𝘁𝗶́𝗰𝗶𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗺𝗮𝗶𝘀 "𝗮𝗿𝗿𝗼𝗺𝗯𝗮𝗱𝗲𝗮𝗹𝗮𝘀" 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗲𝗺 𝗯𝗿𝗲𝘃𝗲.

A REDACÇÃO.

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