04/05/2021

LUÍS FILIPE BORGES

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E depois disto?

Um guarda-chuva sem pano para os dias solarengos. Um minipára-quedas para os pássaros não caírem. Um saco plástico de fecho fácil para apanhar oxigénio.

É neste tipo de itens de extrema utilidade que encaixo Francisco J. Marques. Uso até do belo direito intitulado liberdade de expressão para acrescentar que Marques será tão parvo como os referidos utensílios mas que estes apresentam sobre ele uma distintiva mais-valia: não são mal-intencionados. J. Marques faz tanta falta ao futebol como cubos de gelo no Ártico. A mais recente vileza do inefável responsável de comunicação do FCP foi a autoria do spin sobre o facto de uma atleta do SLB - considerada a melhor do Mundo na sua posição de futsal - ter participado numa aula da novel telescola produzida pela estação pública. Quando, há meses, e muito bem, João Mário - futebolista do SCP e da seleção nacional - apareceu no mesmo contexto, J. (será de jacaré? Javali? Joanetes?) não se lembrou de apresentar essa iniciativa como enésimo exemplo do Benfiquistão. Entretanto, passaram 30 anos do dia em que as Antas receberam o maior rival com um balneário infeto à espera, tarjas sobre o desejo de matar benfiquistas e guarda Abel como precursor dos atuais "cordões humanos". E apenas uma semana sobre a agressão a um jornalista que Pinto da Costa, a cinco metros, não viu.

A extraordinária Cidade Invicta e as suas gentes, orgulhosas, hospitaleiras e empreendedoras como ninguém, mereciam muito melhor do que isto. Mas é esta forma de pensar e agir que tem gerido o seu clube mais representativo desde o início dos anos 80. Como será depois?

A subir

Everton jogou finalmente à bola. Até agora, a Cebolinha, mesmo por descascar, só provocava lágrimas.

A descer

UEFA, sem coragem para punir devidamente Real e Juventus. O dinheirinho faz falta, né?

*Adepto do Benfica

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS" - 04/05/21

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