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O belo início de ano
da bolsa portuguesa
O mercado português está em valores de “sobrecompra” que normalmente obrigam o índice a parar
Indiferente ao cavalgar da pandemia e de bárbaros invasores do Capitólio, os mercados seguem o seu rumo ascendente e a bolsa portuguesa continua a brilhar, confirmando os sinais de força que tem dado nos últimos meses.
O primeiro sinal foi dado em meados de Novembro, com a quebra da
resistência dos 4.300 pontos do PSI-20. Durante Dezembro, a quebra da
importante zona de resistência entre os 4.700 e os 4.800 pontos foi mais
um sinal de força do nosso mercado. Tal como referi no artigo
intitulado "Recuperando anos perdidos", publicado a 14 de Dezembro, a
bolsa portuguesa estava a conseguir ter um desempenho superior ao das
suas congéneres, algo que já há muitos anos não acontecia e que
constituiu mais um enorme sinal de força do mercado accionista
português.
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Em função disso, não posso dizer que estou surpreendido com o que tem
acontecido nas últimas semanas na nossa bolsa com subidas fortes, quase
sempre superando o que se passa no resto do mundo. Dá a sensação que os
investidores estrangeiros, com os principais mercados já com
valorizações muito fortes, procuram em Portugal oportunidades e isso
leva logo a um comportamento forte da bolsa portuguesa.
Apesar disto, acredito que no curto prazo há uma grande probabilidade de
as subidas acalmarem, por uma simples razão: o mercado está em valores
de "sobrecompra" que normalmente obrigam o índice a parar, pelo que
normalmente se segue uma correcção ou uma consolidação. Depois disso, o
índice estará em melhores condições técnicas para atacar outras
resistências. Depois do que têm sofrido, os accionistas das empresas
portuguesas já mereciam esta prenda de um Natal que não deixa saudades e
que deixou marcas na saúde pública em Portugal.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS" - 11/01/21
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