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A pandemia da Covid-19 que estamos a viver fez com que as empresas recorressem mais à tecnologia. O teletrabalho foi, sem dúvida, uma alavanca para a informatização das mesmas, o que levou a várias reflexões por parte da administração: “A empresa limita-se a quatro paredes? Serão mesmo necessárias salas dedicadas a arquivo em papel? Manter o trabalho remoto no pós-pandemia?”.
Antes da pandemia, em pleno século XXI, uma esmagadora maioria de empresas não pensava na desmaterialização do papel e tinha uma necessidade imprescindível de trabalhar entre quatro paredes a tempo inteiro. Com o confinamento e com a recomendação do regime de teletrabalho por parte do Governo Português, estas mesmas empresas foram obrigadas a recorrer às novas tecnologias numa tentativa de se adaptarem ao trabalho remoto.
Contudo, nem as maiores empresas tecnológicas estavam preparadas para este aumento exponencial do uso da Internet. Vimos as operadoras com dificuldades em manter os serviços estáveis, com falta de profissionais na área e poucas infraestruturas nas zonas rurais do nosso país.
Mas nem tudo é negativo e a pandemia fez com que a evolução tecnológica deixasse de ser percecionada, por alguns, como algo nocivo para as gerações futuras. Aliás, podemos dizer que, sem as novas tecnologias, o impacto financeiro, social e educacional do nosso país seria maior, com mais empresas a encerrarem as suas portas, com a impossibilidade de vermos os nossos familiares através de videochamadas e, claro, com a impossibilidade de ensinar à distância.
O trabalho remoto veio para ficar e as empresas vão continuar a recorrer a esta alternativa que, entre outras vantagens, permite otimizar custos, reduz o impacto ambiental e aumenta a satisfação dos colaboradores que, através deste regime, conseguem agilizar o dia a dia de forma mais eficiente (evitando deslocações e tempo perdido no trânsito).
O grupo iad, que tem na sua génese o digital, conseguiu implementar o home office em tempo recorde sem qualquer entrave. Em suma, uma das aprendizagens da pandemia é que conseguimos trabalhar em qualquer parte do mundo, sem estarmos necessariamente presentes no escritório.
* Responsável do Departamento Informático da IAD Portugal
IN "EXAME INFORMÁTICA - 17/11/20
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