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Guerra mundial:
o caso SARS-CoV-2
Há muitas instituições, muitos camaradas, administradores hospitalares amigos da ministra da Saúde e ainda assim cada vez mais descontentes com a política de saúde que é uma política de doença. A saúde está em desgraça, desgoverno e sem estratégia de comunicação em saúde pública junto dos jovens. Eles deveriam ser os aliados nesta pandemia e os alunos de Medicina desenham estratégias para este fim. Alguém os ouve? Não! A ministra da Saúde sabe tudo.
Há quem da sua equipa diga "coitada dela, está cansada". Também os portugueses. De ouvir os seus lugares-comuns. E aqueles, sem trabalho, sem pão e a ficar doentes? Mas há sempre muitas promessas. Acrescenta-se uma permanente chantagem, pelo primeiro-ministro (que a escolheu, despedindo o antecessor), porque ela serve a extrema-esquerda. E ainda há as ameaças de demissão perante o possível chumbo do Orçamento do Estado.
Os velhos sofrem isolados, matam-nos e às suas humildes rotinas. Na encíclica Fratelli Tutti, o Papa Francisco sublinha que "toda a guerra deixa o Mundo pior que o encontrou". A guerra mundial desta doença tem demonstrado um total fracasso nas estratégias políticas e nas políticas de saúde pública. Em Portugal, temos o mundo da ciência a defender um conjunto de medidas, versus Conselho Nacional de Saúde Pública alinhado à Esquerda. Resumindo: populismos extremos, à Esquerda e à Direita.
Instituiu-se o medo num autoritarismo que vai ter um custo: bloquistas em populismos de chantagem com o Governo vs. ministra da Saúde com uma arrogância e body language repreensível em entrevista de TV. Será que ninguém nunca lhe ensinou que é deselegante estender-se com ar de escárnio durante a entrevista? Parafraseando Leal da Costa, as autoridades sanitárias caíram em descrédito. Mas o crédito maior morreu com políticos que não merecem o respeito do seu povo que é usado nesta guerra mundial de doença.
* Professora Convidada e Investigadora FMUL
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS" - 27/10/20
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