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HOJE NO
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Festas perigosas.
“É gente para quem a morte
é uma abstração”
Seja em festas para contrair a covid-19 deliberadamente ou até mesmo o VIH, há jovens que procuram o perigo com a sensação de eterna juventude. Inconsciência e imaturidade são algumas das causas, revelam os especialistas.
“Só se é jovem uma vez e eu quero aproveitar”: é este o pensamento de
grande parte dos adolescentes que procuram o prazer em festas ilegais –
seja naquelas em que o objetivo é contrair a covid-19 deliberadamente
ou até mesmo noutras em que os jovens se reúnem propositadamente para
ter relações sexuais com pessoas infetadas pelo VIH.
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Em Portugal, ainda
não foram conhecidas festas-covid com estes contornos mas, pelo mundo
fora, não há quem as trave. E, nestes casos, segundo os especialistas, o
que prevalece é a inconsciência, a imaturidade e a sensação de eterna
juventude que os adolescentes têm. Ou até mesmo a adrenalina ou um
pensamento mágico que lhes oferece um sentimento de que nada lhes toca.
Ao i, o psiquiatra Júlio Machado Vaz sublinhou mesmo que, por vezes,
“estamos a falar de gente para quem a morte é uma abstração”.
“Eles sabem que as pessoas morrem, que um dia também vão morrer, mas
não têm essa sensação concreta. Na questão do VIH, há uma verdadeira
erotização do risco, ou seja, dá-lhes pica. Grande parte deles não têm
grande consciência de risco próprio e, portanto, a única coisa que os
pode travar é a responsabilidade em termos sociais. Acho que têm a
convicção de que não vão apanhar qualquer vírus. E, se apanharem, pensam
que não vai ser tragédia nenhuma”, começou por dizer, relatando outros
exemplos que aconteceram em estabelecimentos escolares.
* E os tutores da malta nova, de que forma esclarecem os seus educandos ou a educação familiar é uma rebaldaria?
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