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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Salário dos mais ricos é 33,7 vezes maior do que 50% dos mais pobres no Brasil
O rendimento médio de 1% da população brasileira com os salários mais elevados no ano passado foi 33,7 vezes maior do que metade da população mais pobre do país.
O rendimento médio de 1% da população brasileira com os salários mais
elevados no ano passado foi 33,7 vezes maior do que metade da população
mais pobre do país, informou esta quarta-feira o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).
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O levantamento mostrou que os brasileiros dentro da faixa dos
1% mais ricos receberam em média 28.659 reais (4.652 euros) por mês,
enquanto o rendimento de 50% da população mais pobre recebeu em média
850 reais (138 euros).
De
acordo com o coeficiente de Gini, indicador habitualmente utilizado para
sintetizar o grau de desigualdade de distribuição de rendimentos (em
que zero equivale a igualdade total e 100 a completa desigualdade), o
rendimento domiciliar per capita no Brasil teve ligeira queda entre 2018
e 2019, variando de 0,545 para 0,543.
Já o Gini para o rendimento
de todos os trabalhos ficou estável em 0,509 no mesmo período,
mantendo-se no maior nível, desde 2012.
A pesquisa indicou que no ano passado a massa mensal de
rendimento domiciliar per capita no país alcançou o montante de 294,4
mil milhões de reais (47,7 mil milhões de euros).
“A
parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 0,8%
dessa massa, enquanto os 10% com os maiores rendimentos detinham 42,9%”,
frisou o IBGE.
O levantamento também mostrou que os homens tiveram salário médio mensal 28,7% maior do que as mulheres brasileiras em 2019, considerando os ganhos de todos os trabalhos.
Enquanto os homens receberam salários de 2.555 reais (415,3 euros) as mulheres ganharam 1.985 (320 euros).
No ano passado, havia no mercado laboral brasileiro 92,5 milhões de
pessoas ocupadas com 14 anos ou mais, dado que indica uma alta de 2,6%
em relação a 2018.
Mais de metade da população em idade de
trabalhar era formada por mulheres (52,4%), no entanto, os homens
representavam 56,8% da parcela da população que efetivamente trabalhava.
A sondagem do IBGE avaliou que “parte das mulheres não podem trabalhar porque não contam com creches para deixar os filhos”.
O país também continuou a registar grandes índices de desigualdade racial no que se refere aos rendimentos dos trabalhadores.
Pessoas
brancas receberam salários, em média, de 2.999 reais (490 euros),
montante bem maior do que o pago a mulatos 1.719 (280 euros) e negros
1.673 (270 euros).
“Brancos tiveram rendimentos 29,9% superiores à média nacional [2.308
reais ou 380 euros], enquanto os mulatos e negros receberam rendimentos
25,5% e 27,5%, respetivamente, inferiores à média nacional”, detalhou a
analista da pesquisa do IBGE, Alessandra Scalioni Brito.
A participação no mercado de trabalho também variou conforme a cor da pele.
No ano passado, os brancos eram 44,8% da população no mercado laboral brasileiro, enquanto os mulatos 43,7% e os negros 10,4%.
* E o homem que sodomizava as galinhas é o grande patrono dos ricaços.
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