27/02/2020

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O MUNDO PODE SER BOM

Meɴιɴo qυe pedιυ pαrα мorrer devιdo 
 α "вυllyιɴɢ", eɴтrα eм cαмpo coм eqυιpα


Quaden Bayles, de nove anos, comoveu o mundo depois de a mãe divulgar um vídeo em que a criança aparecia a chorar e pedia para morrer, por ser alvo de "bullying" na escola. "Quero morrer agora mesmo. Dá-me uma faca, quero matar-me", diz a criança em lágrimas.

O australiano, natural de Queensland, nasceu com Acondroplasia, um tipo de nanismo e, segundo a mãe, sofre de "bullying" constante por causa da doença. "Isto é o que o bullying faz. Espero que as escolas façam um melhor trabalho a educar outras crianças sobre deficiências", diz Yarraka Bayles enquanto filma o momento.


O vídeo somou milhões de visualizações e partilhas, gerando uma onda de solidariedade. O comediante norte-americano Brad Williams criou a página "GoFundMe" para levar o menino à Disneyland - já foram somados mais de 450 mil dólares - e celebridades como Enes Kanter, jogador de basquetebol, e o ator australiano Hugh Jackman pronunciaram-se nas redes sociais e fizeram questão de deixar uma mensagem de apoio.
Este domingo, Quaden Bayles viveu, segundo a mãe, "o melhor dia de sempre". A Indigenous All-Stars, equipa de râguebi australiana, convidou-o para entrar em campo com a equipa e assistir ao duelo com os Maori Kiwis All-Stars. Com fones para se proteger do ruído e bola na mão, entrou de mão dada com o capitão. "Estamos aqui para te proteger", garantiu Latrell Mitchel. Momento que mereceu aplausos das bancadas e fez sorrir a criança.

"O convite foi como ir do pior dia da vida dele ao melhor. Nunca sonhámos que o caso daria a volta ao mundo e criasse tanto impacto nos media. O pior pesadelo de um pai é perder os filhos e essa é a minha realidade todos os dias. É para o que tenho de me preparar, para o pior. As tentativas de suicídio são muito reais e as pessoas não entendem isso. Há demasiadas pessoas a sofrer em silêncio e dirijo-me a essas famílias que já perderam as suas crianças para o bullying. É demasiado e é algo que tem que ser tratado, é uma crise internacional e exige atenção urgente", disse a mãe.



IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
23/02/20

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