.
IN "VISÃO"
03/12/19
.
Um verão bem F…. à espera…
BUDAPESTE, HUNGRIA-Aconteça o que acontecer, este será certamente o verão mais português a que a cidade de Budapeste já assistiu. Um Verão F, no bom sentido, e espero que com F grande, como se apraz dizer, e que se consiga criar em Budapest um centro de apoio e energia para a selecção, por um lado, enquanto mostramos aos locais e visitantes, o melhor da nossa portugalidade
Estão feitos os grupos para o Euro 2020. A Portugal calhou a sorte de
jogar com os últimos dois campeões do Mundo (2014 e 2018), França e com
a Alemanha, faltando ainda apurar o coitado que se juntará a este grupo
verdadeiramente “F… “.
Sorte grande para quem segue o desporto-rei, e se interessa por estas
coisas de rivalidades saudáveis e desportivas. E grandes jogos em
perspetiva. Dentro e fora dos relvados. E em Budapest, pois Portugal irá
iniciar a defesa do seu título a 16 de junho em plena capital magiar
(contra a tal equipa que virá do playoff). Depois irá a Munique jogar
com a Alemanha (20 de Junho), regressado a Budapest a 24 de junho para
novo clássico com a França. Falta ainda apurar o tal coitado que se
juntará a esta festarola, saindo este do playoff que junta a Hungria com
a Bulgária, que jogará com o vencedor do Roménia x Islândia. Se o
apurado for a Roménia, esta ficará em casa (Bucareste), vindo o vencedor
do playoff entre a Macedónia, a Bielorrússia, a Geórgia ou o Kosovo
para o nosso grupo.
Existe então a possibilidade
(longínqua, admito) de abrirmos o Euro no recém renovado Estádio Puskas com a
Hungria. Seria a loucura total, pois por aqui todos se lembram dos míticos 3-3
de 2016. E sempre que falamos de bola, lá tentam os tipos defender a ideia de
que “quase nos punham fora do Euro 2016”, e que ganharam o grupo e tal (ao que
respondo que em 2016 a nossa seleção passou a fase de grupos a trabalhar para o
bronze e pouco mais, acordando ligeiramente a partir as meias finais).
Picardias à parte, estou certo de que se os magiares não se apurarem, estes
irão adoptar a seleção das quinas como sua, não só porque gostam bastante de
nós e nos visitam com frequência e intensidade, mas porque existe de
facto uma muitíssima boa onda entre Portugal e a Hungria. E estou certo que os
húngaros quererão nos devolver a simpatia com que os recebemos em Lisboa,
Porto, e praias do nosso país. Para mais, não os estou bem a ver a apoiarem com
entusiasmo franceses ou alemães…
Em todo o caso, esta será uma excelente oportunidade para consolidar
as boas relações entre os dois países, e entre as suas principais
cidades (Lisboa, Porto e Budapest). E apresentar na capital húngara o
bom e o melhor que na terra produzimos, e preparar por aqui uma receção
condizente aos milhares de conterrâneos que esperemos que visitem. Mais,
sendo os jogos em junho, mês de Santos, podermos finalmente dar corpo a
uma velha ambição da comunidade portuguesa na cidade e celebrar o
(santo) António, o Pedro e o João devidamente, com marchas, manjericos e
martelinhos para animar a malta. E uma sardinhada decente que introduza
o conceito das minis a refrescar ao lado de uma boa grelha, e que
estenda a cor e música das nossas ruas às praças e kerts daqui.
Sol e calor em junho há à farta, pimentos também (praia é que é mais
escasso). Falta para rematar os jarros e jarros de sangria, um verde à
pressão ou de pipa, um belo Licor Beirão, amarguinha ou ginja, e claro
está uma boa aguardente ou Medronho para dar luta às palinkas locais. Os
vinhos já são um pouco batidos, e neste grupo temos a concorrência dos
franceses e dos locais.
Aconteça o que acontecer, este será certamente o verão mais português
a que a cidade de Budapeste já assistiu. Um Verão F, no bom sentido, e
espero que com F grande, como se apraz dizer, e que se consiga criar em
Budapest um centro de apoio e energia para a selecção, por um lado,
enquanto mostramos aos locais e visitantes, o melhor da nossa
portugalidade.
IN "VISÃO"
03/12/19
.
Sem comentários:
Enviar um comentário